Tudo sobre a placenta: funções, alterações e cuidados essenciais na gestação

Entenda melhor como funciona esse órgão multifuncional durante a gravidez

Por Redação Pais e Filhos
8 jan 2025, 07h00
mulher em banheira / banho com barriga de gestação/grávida
 (lucas mendes/Pexels)
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A placenta é o elo vital que conecta mãe e bebê durante a gestação. Esse órgão temporário é responsável por nutrir e proteger o feto, realizando trocas importantes de nutrientes, oxigênio e anticorpos entre o corpo da mãe e o bebê em desenvolvimento. Além de regular essas trocas, a placenta também produz hormônios essenciais para a manutenção da gravidez, funcionando como uma espécie de “órgão multifuncional” que garante o bem-estar do feto até o nascimento.

Neste guia, vamos esclarecer o que é a placenta, como ela se forma, quais são suas funções, principais complicações e cuidados que as gestantes devem ter para proteger esse importante órgão.

O que é a placenta e quais são suas funções?

A placenta é um anexo embrionário que se forma no útero da mulher durante a gestação. Ela é composta por células tanto do bebê quanto do útero e começa a se desenvolver logo nas primeiras semanas de gravidez. Por volta da 13ª semana, a placenta se fixa no endométrio, a parede do útero, e, ao final da gestação, é expelida naturalmente após o parto.

As funções principais da placenta incluem:

  1. Fornecimento de nutrientes e oxigênio para o bebê;
  2. Produção de hormônios essenciais para a manutenção da gravidez;
  3. Proteção imunológica, transferindo anticorpos para o bebê;
  4. Eliminação de resíduos produzidos pelo bebê, como urina;
  5. Proteção contra impactos na barriga da mãe.
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Como a placenta é formada?

A formação da placenta é um processo natural e começa logo nas primeiras semanas da gravidez. Por volta das 16 semanas, o tamanho da placenta se equipara ao do feto, mas, conforme o bebê cresce, a placenta mantém seu papel de suporte e filtro para manter o desenvolvimento saudável. Durante o parto, a placenta é expelida após algumas contrações uterinas que, nesse momento, são bem menos intensas.

Principais complicações da placenta

Embora seja vital para a gestação, a placenta pode sofrer algumas alterações que afetam a saúde da mãe e do bebê. Entre as principais complicações estão:

  • Placenta prévia: localizada na parte inferior do útero, cobrindo parcial ou totalmente o colo uterino. A placenta prévia dificulta o parto normal e pode restringir o crescimento do bebê devido à menor circulação sanguínea.
  • Placenta acreta: nessa condição, a placenta se fixa profundamente na parede uterina, dificultando sua remoção após o parto e aumentando o risco de hemorragia. A probabilidade dessa condição aumenta em mulheres que já passaram por cesáreas.
  • Descolamento de placenta: ocorre quando a placenta se separa parcial ou totalmente da parede uterina, causando sangramento e cólicas. Esse quadro pode levar a riscos para a vida do bebê e é mais comum em mulheres com hipertensão, fumantes ou em casos de traumas abdominais.
  • Placenta calcificada ou envelhecida: é um processo natural que ocorre conforme a gravidez avança, mas pode ser um problema caso aconteça antes das 34 semanas. A calcificação prematura pode comprometer o crescimento do feto.
  • Rotura uterina: é o rompimento da parede uterina, uma condição rara e grave que requer intervenção cirúrgica imediata para proteger mãe e bebê.
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Complicações na placenta podem estar relacionadas a fatores como hipertensão, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, tabagismo e até traumas. Realizar o pré-natal e seguir as orientações médicas são atitudes essenciais para prevenir e identificar esses problemas.

Como evitar problemas na placenta?

A melhor forma de evitar complicações placentárias é realizar o acompanhamento pré-natal. Consultas regulares e exames de ultrassom ajudam a monitorar a saúde da placenta e o desenvolvimento do bebê. É importante que as gestantes informem o médico sobre qualquer sinal de sangramento, dor intensa ou alterações na rotina de saúde.

Outras formas de proteger a placenta incluem manter uma alimentação saudável, evitar o uso de cigarro, controlar condições como diabetes e hipertensão e realizar exames de rotina para monitorar a saúde geral.

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O destino da placenta após o parto

Após o nascimento do bebê, a placenta é naturalmente expelida e, em muitos casos, tratada como lixo hospitalar. No entanto, há quem opte por outros destinos para a placenta:

  • Placentofagia: algumas mulheres escolhem ingerir a placenta após o parto. Embora existam crenças sobre benefícios, como aumento da energia e prevenção da depressão pós-parto, os benefícios científicos não são comprovados. Esse ato divide opiniões médicas, e é fundamental consultar um especialista antes de decidir.
  • Encapsulamento: há laboratórios que encapsulam a placenta para que ela seja consumida como um suplemento. A decisão deve ser informada e acompanhada por profissionais de saúde.
  • Plantio como “árvore da vida”: algumas famílias optam por enterrar a placenta junto a uma árvore, criando um símbolo de conexão com a natureza e proteção para o bebê.
  • Carimbo de placenta: ao pressionar a placenta contra um papel, é possível criar uma impressão que muitas famílias guardam como recordação.
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