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Pressão sanguínea da mãe pode determinar o sexo do bebê

De acordo com pesquisadores, a pressão arterial da mulher semanas antes da concepção pode ser um fator decisivo. Entenda!

Por Carla Leonardi (colaboradora)
Atualizado em 31 jan 2017, 10h07 - Publicado em 19 jan 2017, 18h17

Se você está tentando engravidar, certamente já ouviu conselhos “infalíveis” sobre o que influencia na concepção de um menino ou de uma menina. Entre muitos mitos – como engravidar na lua cheia para garantir um filhote do sexo feminino – há, sim, diversos fatores com fundamento científico.

Sabe-se, por exemplo, que ter relação próxima à data da ovulação aumenta as chances de vir um garotinho, já que o espermatozoide Y é mais rápido, mas menos resistente ao ambiente vaginal. Porém, a novidade agora volta as atenções para a pressão sanguínea da mãe que, de acordo com um novo estudo publicado no American Journal of Hypertension, pode estar relacionada ao sexo do bebê.

Os pesquisadores do Mount Sinai Hospital, no Canadá, desenvolviam um estudo sobre o que determina a proporção entre meninos e meninas quando descobriram que a pressão da mulher, mesmo semanas antes da gestação, pode indicar o sexo do bebê que ela irá conceber. De acordo com o estudo liderado pelo Dr. Ravi Retnakaran, a pressão alta tenderia a resultar em garotos, enquanto a pressão mais baixa implicaria garotas.

“Quando uma mulher engravida, o sexo do feto é determinado pelo espermatozoide que vem do pai e que pode ser um cromossomo X ou Y. O estudo sugere que a pressão baixa indica que fisiologia da mulher é menos favorável à sobrevivência de um menino, ou que a pressão alta antes da gravidez é menos favorável à sobrevivência de uma menina”, explicou o especialista em entrevista ao jornal britânico The Telegraph.

A pesquisa levou em conta 1411 mulheres que planejavam engravidar e que foram avaliadas por volta de 26 semanas antes da gestação, dividindo-se posteriormente entre 739 mães de meninos e 672 mães de meninas.

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Depois de avaliar aspectos como idade, nível de educação, se eram ou não fumantes, índice de massa corporal (IMC), taxas de colesterol, triglicérides e glicose, o estudo revelou que as mulheres que teriam garotos tinham uma pressão sanguínea mais alta quando foram avaliadas no início da pesquisa em relação às que teriam garotas.

“Isso sugere que a pressão sanguínea da mulher antes da gestação é um fator anteriormente não conhecido que está relacionado à probabilidade de dar à luz um menino ou uma menina”, declarou Retnakaran, que acrescentou ainda: “Essa descoberta pode ter implicações tanto para o planejamento reprodutivo quando para o nosso entendimento sobre os mecanismos fundamentais que estruturam a proporção dos sexos entre os humanos”.

Entretanto, uma das implicações controversas dessa descoberta é o quanto as mulheres poderão ou não influenciar no sexo de seus bebês aumentando ou diminuindo a pressão arterial por conta própria – o que pode ser um grande risco para a saúde de mãe e filho.

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