Perda gestacional tardia: como lidar com o luto perinatal
Conselhos que podem te ajudar a evitar e lidar com esse momento doloroso
A espera por um bebê costuma ser um momento cheio de sonhos, planos e muita expectativa. Mas, infelizmente, nem sempre a gestação segue como o esperado. A perda de um filho ainda durante a gravidez ou pouco depois do nascimento é uma dor profunda, que muitas vezes é vivida em silêncio. Com mais pessoas compartilhando publicamente suas experiências, esse tema, conhecido como luto perinatal, tem ganhado visibilidade, revelando uma realidade mais comum do que se imagina e que marca a vida de muitas famílias.
o que é a perda fetal tardia
Na área da saúde, considera-se perda fetal tardia a interrupção da vida do bebê a partir da 20ª semana de gestação. De acordo com diretrizes nacionais e internacionais, essa definição pode variar conforme o peso do feto ou a idade gestacional. Estimativas globais indicam que cerca de 2,6 milhões de perdas fetais tardias ocorrem por ano. No Brasil, a média é de oito a nove casos para cada mil nascimentos, com maior incidência em regiões onde o acesso ao acompanhamento médico é limitado.
O que pode causar o desfecho gestacional inesperado
As causas da perda gestacional em estágios avançados são diversas. Entre os fatores mais comuns estão alterações na placenta, condições maternas como hipertensão, diabetes gestacional ou doenças autoimunes, além de infecções silenciosas e malformações congênitas. Em certos casos, mesmo com exames e avaliações, a causa permanece indefinida, o que pode aumentar a angústia vivida pela família.
Sinais que merecem atenção nos últimos meses da gestação
Durante a reta final da gravidez, é essencial observar o corpo com atenção. Sintomas como diminuição dos movimentos do bebê, sangramentos vaginais, dores abdominais fortes, febre, inchaço repentino, visão embaçada, dores de cabeça intensas ou pressão alta devem ser comunicados imediatamente à equipe médica. A percepção cuidadosa de quem gesta pode ser decisiva para a identificação precoce de complicações.
Como prevenir e cuidar durante a gestação
A realização de pré-natal adequado e frequente é fundamental. Gestantes com fatores de risco, como idade mais avançada ou histórico de perdas anteriores, geralmente precisam de acompanhamento mais intensivo. Além da atenção médica, o bem-estar emocional também importa: altos níveis de estresse, ansiedade ou sobrecarga podem afetar a gestação. Atividades físicas leves, acompanhadas por profissionais, costumam ser benéficas para corpo e mente durante esse período.
O diagnóstico e as alternativas de parto após a confirmação da perda
Quando a ausência de batimentos cardíacos é confirmada por exame de imagem, a via de parto mais recomendada costuma ser a indução vaginal, salvo em casos específicos que exigem uma cesariana, como questões clínicas da gestante ou situações obstétricas anteriores. Esse tipo de escolha deve ser feita em conjunto com a equipe médica e com apoio emocional à família, respeitando suas necessidades e sentimentos.
A dor silenciosa do luto perinatal
Perder um filho durante a gestação ou nos primeiros dias após o nascimento é uma dor profunda e, muitas vezes, invisibilizada. A conexão entre mãe e bebê é intensa desde as primeiras semanas, e essa perda representa muito mais do que um evento físico. Frases como “você pode tentar de novo” ou “foi melhor assim” muitas vezes ferem mais do que acolhem. O que ajuda, de fato, é validar a dor, oferecer escuta respeitosa e lembrar da existência daquele bebê, chamando-o pelo nome, se possível. Reconhecer essa perda como real e significativa é essencial para o processo de luto.
Caminhos de apoio e acolhimento
Sentimentos como culpa e solidão são comuns. Por isso, o suporte psicológico é tão importante. Felizmente, há cada vez mais espaços e iniciativas voltados ao acolhimento dessas famílias, com grupos de escuta e compartilhamento de experiências que ajudam a tornar esse processo menos solitário. A divulgação de relatos e a criação de redes de apoio são passos importantes para que o luto perinatal seja reconhecido como uma vivência legítima e humana.
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