Pais contam como escolheram o nome dos filhos e os arrependimentos que surgiram

Às vezes dá para voltar atrás. Em outros casos não!

Por Luísa Massa
Atualizado em 28 out 2016, 06h00 - Publicado em 27 jan 2016, 16h29
Ximagination/Thinkstock/Getty Images
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Definir o nome que uma pessoa carregará pelo resto da vida não é uma tarefa fácil. Durante a gestação, pai e mãe idealizam diferentes opções e acabam sendo influenciados pela família, amigos, celebridades e até por alguns modismos. O dilema é tamanho que é um alívio quando o casal finalmente consegue entrar em um acordo – o problema é quando eles não conseguem se decidir! Para piorar, há casos em que aquela que parecia a melhor escolha já não agrada mais. E isso pode acontecer ainda na gravidez ou, às vezes, até mesmo depois do nascimento do bebê. Por isso, perguntamos às nossas leitoras se elas mudariam (ou não) o nome eleito e descobrimos o que os pais costumam levar em consideração antes de bater o martelo. Confira!

Menino ou menina?

Para tornar o processo mais fácil, alguns pais combinam que cada um escolherá o nome que gosta de acordo com o sexo da criança. “Na primeira gravidez, eu e o meu esposo decidimos que ele definiria se fosse uma menina, e eu, se nascesse um menino. Quando descobrimos que esperávamos uma garotinha, ele sugeriu Luna. No começo, não fiquei feliz, pois havia acabado de passar uma novela em que a personagem tinha esse nome e, além disso, minhas tias me disseram que era nome de cachorro. Apesar de tudo, acabamos colocando e hoje eu vejo que essa foi a melhor alternativa”, afirmou Milene Suzan. Agora, ela está esperando outro bebê e a decisão já foi tomada. “Dessa vez quem escolheu fui eu! Nossa pequena Helena está a caminho”, completou.

De geração para geração

Também é comum colocar nos filhos os nomes de pessoas queridas para homenageá-las. “Descobri que eu estava esperando um menino e então comecei a fazer uma listinha de preferências com o meu marido. Depois de descartarmos diversas possibilidades, ficamos entre Miguel, Renee e Renato. Acabamos escolhendo a última opção para homenagear o seu avô paterno, já falecido”, contou Danieli Wojciechowski. Só que depois de um tempo, nem sempre a decisão se mantém satisfatória. “Apesar de achar bonito, Renato é muito forte e tenho dificuldades para me adaptar ao nome. Minha mãe só o chama de neném e eu também. Às vezes, falo “Re”, que é uma maneira de tratá-lo carinhosamente. Na verdade, eu estaria mais contente com Renan ou Renee”, desabafou Danieli.

À espera de uma garotinha, o caso da mamãe Duda Reis é semelhante. “Vou colocar o nome da minha filha contrariada. Eu queria que ela se chamasse Valentina, mas o pai quer Maria para homenagear nossas mães. Acabamos adicionando Clara porque acho especial. Mesmo assim, não estou satisfeita e espero que eu não me arrependa futuramente”, revelou.

Duplas de peso

O nome composto surge como uma alternativa para os casais que não conseguem chegar a um consenso, para aqueles que já tomaram uma decisão, mas também querem homenagear alguém ou seguir uma tradição familiar e, claro, para quem prefere as combinações. Maria Eduarda e Pedro Henrique, por exemplo, foram os pares favoritos dos pais do estado de São Paulo em 2015. Batizar os filhos com a mesma inicial também já foi muito comum. Com o passar do anos, no entanto, alguns pais gostariam de voltar no tempo, como a mamãe Priscilla Barão: “Eu me arrependi de colocar na minha filha um nome composto: Mari Emilli. Poderia ser só Emilli. Mas eu era muito novinha e boba. Já tinha a Millena Cristine e queria as duas com M no primeiro nome. Hoje vejo que isso é bobagem!”.

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Na hora do nascimento

São meses pesquisando os significados, analisando os possíveis apelidos, checando se o sobrenome combina… Até que você elege um nome, comunica para toda a família e, quando finalmente olha para o rostinho do bebê, imagina que ele poderia ser registrado de outra maneira. Foi o que aconteceu com Natalia Morassi: “Confesso que depois que a Maya chegou, eu demorei algumas semanas para me acostumar com o nome. Eu olhava para ela e achava que ela tinha cara de Lilian (opção que nunca entrou na nossa lista de preferências), mas hoje me adaptei e está tudo certo”.

A mamãe Janaina Domingues também passou por isso. Ela o marido concordaram que o pequeno que estava a caminho se chamaria Guilherme, mas quando o filhote veio ao mundo ela teve outra ideia. “Depois eu encuquei que ele tinha cara de João Pedro, mas não tinha mais o que fazer. Hoje ele tem 2 anos e 7 meses e não consigo imaginá-lo com outro nome! Na próxima gravidez, só vou bater o martelo quando olhar pra carinha do bebê, sem pressão!”, avisa.

Em outras situações, a mudança acontece antes mesmo do bebê nascer. “Era para o meu filho se chamar Bruno Henrique. Fiz o chá de bebê e coloquei esse nome nos convites e adereços. Depois disso, o meu esposo pediu para que eu selecionasse outra opção. Acabamos colocando Luan, que é parecido com o da minha outra filha, a Luana”, contou Amanda Costa.

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Ah, os palpites!

Outro fator que pode influenciar e causar insegurança sobre o nome da criança é a opinião das pessoas. “Escolhemos João e só revelamos quando tivemos certeza do sexo do bebê, pois queríamos evitar palpites. Como imaginávamos, os avós não gostaram e até agora ficam insistindo para mudarmos ou colocarmos um nome composto. Para nós, além de ter um significado especial – Deus é gracioso –, João é ideal: simples e forte. Estamos felizes com a nossa escolha”, enfatizou Natália Costa Lima.

O mesmo aconteceu com Gislaine Kotviski: “Eu sempre quis nomes curtos para evitar abreviações. Escolhemos ‘Aimee’, que é de origem francesa e significa ‘amada’; para o menino escolhemos ‘Theo’, que é de origem grega e significa ‘Deus supremo‘. Alguns familiares não gostaram, mas nós não nos importamos. Afinal, o filho é nosso e quem vai criar somos nós. Então, as pessoas não têm que dar pitaco em nada”, declarou.

Mas nem todos lidam com o conflito dessa maneira e muitos pais acabam cedendo à pressão. Esse foi o caso de Joana Oliveira, que decidiu trocar o nome da filha depois de ouvir os comentários dos parentes. “Sempre falei que quando eu tivesse uma menina ela se chamaria Sophia. Os anos se passaram e foram nascendo muitas meninas com esse nome, por isso, escolhi Anastásia quando engravidei. Acontece que os familiares do meu marido não aprovaram. Me disseram que não a chamariam pelo nome, que ela iria sofrer e passar constrangimentos. Resolvi voltar para a opção inicial e, apesar de adorar Sophia, eu queria mesmo era ter colocado Anastásia”, revelou.

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