Órgãos e mudanças na gravidez: como o corpo se ajusta para o bebê

Entenda melhor as mudanças internas no corpo da gestante

Por Redação Pais e Filhos
9 jan 2025, 17h00
grávida com barriga
 (Divulgação/Pinterest)
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Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por várias mudanças para acomodar o bebê. Alguns órgãos mudam de posição, outros aumentam de tamanho e até a pele e a parede abdominal são afetadas. Isso é totalmente normal e faz parte do processo de gestação. Para entender melhor essas mudanças, vamos explicar os principais ajustes que o corpo da mulher sofre durante a gestação e como ele se adapta ao longo dos meses.

Quais órgãos podem mudar de tamanho ou posição?

Os principais órgãos que sofrem alterações durante a gravidez são: o útero, a parede abdominal, a pele e o intestino. Embora outros órgãos abdominais também possam ser levemente afetados, as mudanças mais significativas ocorrem no útero e na parede abdominal. O crescimento uterino, por exemplo, pode pressionar e deslocar outros órgãos como o intestino, a bexiga e o estômago.

Por que os órgãos mudam de posição e tamanho?

O motivo dessas mudanças está relacionado ao crescimento do útero. Durante a gestação, o útero se expande para acomodar o bebê. Esse crescimento exerce pressão sobre os órgãos vizinhos, fazendo com que eles mudem de lugar. Como o útero, o intestino, a bexiga e o estômago estão no mesmo espaço abdominal, o aumento do útero os desloca para o lado. Além disso, à medida que o útero cresce, ele projeta a barriga para frente, comprimindo levemente o intestino e outros órgãos.

Esse processo ocorre principalmente entre o segundo e o terceiro trimestres, quando o bebê já está maior e o útero precisa de mais espaço. No caso de gestação de gêmeos, as mudanças são ainda mais rápidas, pois o útero cresce mais cedo e mais rapidamente para acomodar os dois bebês.

Os órgãos voltam ao normal após a gravidez?

Sim, a maioria das alterações é temporária. Após o parto, o corpo da mulher começa a retornar gradualmente ao seu estado anterior. Os órgãos se reposicionam naturalmente nas semanas seguintes ao nascimento e essa adaptação pode demorar um pouco, mas, em geral, os órgãos retornam à posição original sem grandes dificuldades.

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Modificação da parede abdominal e a diástase

Uma das mudanças mais notáveis na gravidez é a modificação da parede abdominal, que pode levar à diástase abdominal. A diástase ocorre quando os músculos reto abdominais se afastam para dar espaço ao crescimento do útero. Com o aumento do útero, a musculatura da parede abdominal cede, podendo resultar nesse afastamento muscular. Isso é completamente normal, mas em alguns casos pode gerar desconforto ou até dor na região. A diástase também pode ser acompanhada pelo aparecimento de estrias na pele, que ocorre devido ao estiramento da pele à medida que a barriga cresce.

Sintomas da diástase abdominal

Um dos principais sinais da diástase abdominal é uma saliência na linha média da barriga, que pode ser observada acima ou abaixo do umbigo. Essa saliência geralmente aparece quando a mulher contrai ou flexiona o tronco. Além disso, a dor na região lombar pode ser um alerta para o problema.

Como fazer um teste de diástase em casa

Você sabia que é possível identificar a diástase abdominal em casa? Basta deitar de costas, com os joelhos dobrados e os pés no chão, e levantar a cabeça como se estivesse fazendo um exercício abdominal. Com uma mão, pressione suavemente o centro da barriga e verifique se sente algum afundamento na linha central entre os músculos. Se a separação for superior a 1 ou 1,5 dedos, é um sinal de diástase.

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Como prevenir a diástase abdominal

A prevenção da diástase abdominal começa com cuidados na postura, principalmente ao sentar, levantar, deitar ou amamentar. É recomendado também que a gestante pratique atividades físicas seguras, sempre com a supervisão de um profissional. No caso de já haver diástase, deve-se evitar exercícios que exigem rotação do tronco e movimentos laterais, pois esses podem agravar o problema.

Além disso, é importante evitar o ganho excessivo de peso durante a gravidez, pois isso pode contribuir para o desenvolvimento da diástase. Prevenir é sempre mais fácil do que tratar, por isso a orientação de profissionais de saúde é fundamental para garantir que o corpo se adapte de forma saudável às mudanças da gestação.

Consultoria: Dr. Igor Padovesi e Dra. Fernanda Pepicelli, especialistas na área de ginecologia e obstetrícia, Gizele Monteiro, especialista em diástase e Bianca Vilela, fisioterapeuta.

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