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O cheiro de tinta durante a gravidez pode afetar o bebê?

Depende do momento da gestação. Veja a explicação do ginecologista e obstetra Sérgio Peixoto.

Por Redação Bebê.com.br
Atualizado em 12 abr 2017, 16h19 - Publicado em 4 jul 2015, 21h16

Estou grávida e trabalho em uma empresa de impressão digital onde os cheiros de tinta e solventes são constantes. Isso pode ser prejudicial à minha saúde ou a do meu bebê?

Depende do momento da gestação. “Até a 10ª/12ª semana (2 a 3 meses) ocorre a fase chamada organogênese, quando acontecem as divisões e especializações celulares, formando os órgãos, estruturas e sistemas do organismo do feto. Nesse período, fatores exógenos como o contato com a radiação, a ingestão de certo tipos de medicamentos, ou o contato (mesmo que pela via olfativa)) com metais como o chumbo, podem comprometer o desenvolvimento e gerar algum tipo de malformação. É por este motivo que as grávidas são aconselhadas a não tingir o cabelo até o final do terceiro mês, quando essa fase se encerra.  No caso da gestante que trabalha em contato com tinta, a exposição direta deve ser evitada. Ir para outra sala, por exemplo, pode ajudar. Porém, é importante consultar o obstetra. Ele poderá avaliar se o trabalho realmente oferece riscos à mulher e o bebê e, se for o caso, ela poderá ter que se afastar até o fim desse período. Após o terceiro mês, já não há contraindicação quanto ao contato com estes elementos”, garante o ginecologista e obstetra Sérgio Peixoto, presidente da Comissão Nacional Especializada em Assistência Pré-Natal  da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) .