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Ministério da Saúde lança ação para combater sífilis que tem como foco as gestantes

A campanha reforça a importância dos futuros pais fazerem o teste da doença no início da gravidez para que ela seja identificada e tratada o quanto antes.

Por Luísa Massa
Atualizado em 31 out 2016, 11h31 - Publicado em 21 out 2016, 14h22
Thinkstock/Getty Images
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A sífilis é uma doença sexualmente transmissível silenciosa que vem crescendo no Brasil. O Boletim Epidemiológico de 2016 mostrou que a enfermidade em gestantes aumentou 20,9% e 19% em bebês que são infectados ainda na barriga. Com o intuito de diminuir estes números alarmantes, o Ministério da Saúde em parceria com as sociedades médica e civil lançou nesta quinta-feira, 20, uma carta de compromisso com medidas importantes previstas para o prazo de um ano.

A proposta inclui ampliar o diagnóstico por meio de testes rápidos, incentivar a realização do pré-natal precocemente, oferecer tratamento adequado para a gestante e suas parcerias sexuais, incentivar a administração de penicilina benzatina (remédio eficaz para prevenir a sífilis) e ações de educação para instruir os profissionais de saúde. “Nosso objetivo é reunir a sociedade no esforço de combate à sífilis. Assim poderemos incentivar a testarem principalmente as grávidas para evitar a transmissão vertical da doença. Trazemos soluções factíveis no compromisso que assinamos hoje”, afirmou o ministro da saúde, Ricardo Barros. 

Neste ano, o foco da campanha são as gestantes e seus parceiros. Afinal, o problema é ainda mais grave na gravidez, pois a bactéria que é transmitida principalmente por via sexual pode infectar o feto e causar abortos e partos prematuros. Se a criança nascer com sífilis congênita, ela poderá ter complicações como malformações cerebrais, alterações ósseas, cegueira, lábio leoporino, hepatite e icterícia. “Um grande desafio é o início precoce, já que culturamente as mulheres tendem a procurar o médico apenas quando a barriga aparece, o que diminui as chances de cura da sífilis para a mãe e facilita a transmissão da doença para o bebê”, explica Adele Benzaken, diretora do Departamento de HIV, aids e hepatites virais do Ministério da Saúde. 

Por isso, recomenda-se que as grávidas façam o teste já na primeira consulta do pré-natal. Os papais não ficam de fora e devem fazer o mesmo para evitar que a reinfecção. Dessa forma, a doença será identificada e tratada o quanto antes.

Assista o vídeo da campanha e veja a importância de se prevenir: 

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