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A libido aumenta ou diminui durante a gravidez? Entenda as oscilações

Desejo sexual varia conforme a fase da gravidez e é altamente influenciado por fatores hormonais, físicos, psicológicos e emocionais

Por Yasmmin Ferreira
2 ago 2024, 17h00
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 (Divulgação/Pinterest)
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Há quem acredite que a vontade de namorar aumente durante a gravidez, o que poderia ser explicado pela aproximação do casal no período gestacional. Para outras pessoas, é o contrário: o cansaço é tanto que não conseguem entrar no clima. Mas, cientificamente falando, essas diferentes percepções têm uma explicação.

Então, afinal, quando estamos esperando um bebê, a libido aumenta ou diminui?

Ao longo dos trimestres…

Segundo a ciência, ocorrem flutuações durante os períodos gestacionais, e isso pode ser atribuído a uma série de mudanças hormonais, físicas, psicológicas e emocionais que ocorrem durante a gravidez.

No primeiro trimestre, há um aumento significativo dos níveis de progesterona e estrogênio, hormônios essenciais para a manutenção da gravidez. No entanto, esses hormônios também são responsáveis por sintomas como náuseas, vômitos e fadiga extrema, capazes de reduzir significativamente o desejo sexual. Muitas gestantes também relatam instabilidade emocional devido às rápidas mudanças hormonais, o que pode afetar a libido.

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No segundo trimestre, as coisas tendem a mudar. Esse período é frequentemente chamado de “fase de lua de mel” da gravidez, pois muitas mulheres se sentem mais energéticas e menos enjoadas. O aumento da circulação sanguínea, especialmente na região pélvica, pode levar a uma maior sensibilidade e lubrificação vaginal – o que aumenta o tesão, por exemplo. Além disso, a barriga não costuma estar tão grande nessa fase, e o desconforto físico é geralmente menor, permitindo uma maior intimidade física com o parceiro.

No terceiro trimestre, no entanto, a libido pode diminuir novamente. O crescimento do bebê na barriga e a expansão do útero tendem a causar desconforto físico significativo, incluindo dores nas costas, dificuldade para dormir e necessidade frequente de urinar. Ainda, a proximidade do parto pode trazer ansiedade e preocupação, contribuindo para a redução do apetite sexual. É possível que as gestantes também se sintam menos atraentes devido ao ganho de peso e às mudanças físicas, afetando negativamente a sua autoimagem e, consequentemente, a libido.

Para além dos hormônios

Fatores psicológicos e emocionais, como citado anteriormente, também desempenham um papel crucial na libido durante a gravidez. A autoimagem e a percepção de atratividade podem mudar drasticamente, influenciadas pelas transformações físicas e hormonais.

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A intimidade e a comunicação com o parceiro são essenciais para manter uma vida sexual saudável durante a gravidez. Alguns casais podem se sentir mais próximos e conectados, o que tende a aumentar o desejo sexual. Outros podem enfrentar desafios emocionais e físicos que dificultam a manutenção da intimidade.

Além disso, a saúde mental geral da gestante é muito capaz de afetar a libido. Mulheres que enfrentam quadros de ansiedade, depressão ou estresse elevado durante a gravidez podem ter uma libido reduzida. Portanto, o apoio emocional e a compreensão do parceiro, bem como o acompanhamento psicológico, quando necessário, são fundamentais para o bem-estar da gestante e para manter uma relação saudável.

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