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Infertilidade imunológica: como a imunidade pode dificultar a gravidez

Entenda como alterações no sistema imunológico podem interferir na concepção

Por Redação Pais e Filhos
24 nov 2025, 09h00
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 (Freepik/Reprodução)
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Decidir aumentar a família é um passo cheio de expectativas, mas nem sempre a gravidez acontece de imediato. Em alguns casos, a dificuldade de conceber está relacionada a fatores que não aparecem em exames de rotina, como os problemas imunológicos. Entender como o corpo reage diante da chegada de um embrião é essencial para buscar soluções seguras e eficazes.

O que é a infertilidade imunológica?

O sistema imunológico é responsável por defender o organismo de invasores, mas em certas situações ele pode agir contra a própria gestação. Isso acontece porque o bebê carrega metade da carga genética do pai, sendo reconhecido como algo parcialmente “estranho” pelo corpo materno. Quando esse processo de adaptação falha, a implantação do embrião pode não ocorrer, resultando em perdas gestacionais muito precoces.

Principais fatores imunológicos que afetam a fertilidade

Entre os mecanismos que podem atrapalhar uma gestação saudável estão:

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  • Rejeição embrionária precoce: falhas na fixação do embrião logo no início da gravidez.
  • Autoimunidade: anticorpos produzidos pela própria mãe que atacam a placenta e podem causar inflamações ou disfunções, dificultando a gestação.
  • Trombofilias: alterações na coagulação do sangue que podem ser hereditárias ou adquiridas. Essas condições aumentam as chances de abortos e complicações durante a gravidez.

Esses fatores, muitas vezes, estão por trás da chamada “infertilidade sem causa aparente”.

Exames que ajudam no diagnóstico

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Para investigar possíveis causas imunológicas, alguns exames podem ser solicitados:

  • Histeroscopia diagnóstica: permite analisar o interior do útero e identificar alterações como pólipos, aderências ou inflamações no endométrio.
  • Análise de células NK (natural killers): avalia a atividade de células de defesa que podem atacar o embrião.
  • Testes imunológicos específicos: verificam a presença de anticorpos que interferem na implantação.
  • Exames de trombofilia: ajudam a identificar problemas de coagulação que afetam a gravidez.

Esses exames detalhados são fundamentais para reduzir as chances de perdas gestacionais inesperadas.

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Tratamentos disponíveis

Após identificar a causa, existem tratamentos capazes de aumentar as chances de uma gestação saudável:

  • Medicamentos anti-inflamatórios leves: usados até a metade da gestação para controlar a ação de anticorpos sem prejudicar o bebê.
  • Anticoagulantes específicos: recomendados em casos de trombofilias, ajudando a evitar coágulos e a proteger a placenta.
  • Terapias imunomoduladoras: em algumas situações, suspensões lipídicas podem ser utilizadas para reduzir a ação exagerada das células NK.
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Cada caso é único, e o tratamento deve ser acompanhado de perto durante toda a gestação e, em alguns casos, até o pós-parto, para reduzir riscos de complicações como trombose.

Fatores masculinos também importam

A fertilidade não é apenas uma questão feminina. Estima-se que cerca de 30% das causas de abortos recorrentes estejam ligadas a fatores masculinos. Um dos exames mais importantes é o índice de fragmentação do DNA espermático, que detecta alterações genéticas nos espermatozoides e pode influenciar diretamente na viabilidade do embrião.

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A informação fortalece o sonho da maternidade

A infertilidade imunológica pode ser um desafio, mas não significa o fim do sonho de ter um filho. Com investigação adequada, exames detalhados e tratamentos personalizados, muitos casais conseguem superar as dificuldades e alcançar a gestação desejada.

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