Infertilidade imunológica: como a imunidade pode dificultar a gravidez
Entenda como alterações no sistema imunológico podem interferir na concepção
Decidir aumentar a família é um passo cheio de expectativas, mas nem sempre a gravidez acontece de imediato. Em alguns casos, a dificuldade de conceber está relacionada a fatores que não aparecem em exames de rotina, como os problemas imunológicos. Entender como o corpo reage diante da chegada de um embrião é essencial para buscar soluções seguras e eficazes.
O que é a infertilidade imunológica?
O sistema imunológico é responsável por defender o organismo de invasores, mas em certas situações ele pode agir contra a própria gestação. Isso acontece porque o bebê carrega metade da carga genética do pai, sendo reconhecido como algo parcialmente “estranho” pelo corpo materno. Quando esse processo de adaptação falha, a implantação do embrião pode não ocorrer, resultando em perdas gestacionais muito precoces.
Principais fatores imunológicos que afetam a fertilidade
Entre os mecanismos que podem atrapalhar uma gestação saudável estão:
- Rejeição embrionária precoce: falhas na fixação do embrião logo no início da gravidez.
- Autoimunidade: anticorpos produzidos pela própria mãe que atacam a placenta e podem causar inflamações ou disfunções, dificultando a gestação.
- Trombofilias: alterações na coagulação do sangue que podem ser hereditárias ou adquiridas. Essas condições aumentam as chances de abortos e complicações durante a gravidez.
Esses fatores, muitas vezes, estão por trás da chamada “infertilidade sem causa aparente”.
Exames que ajudam no diagnóstico
Para investigar possíveis causas imunológicas, alguns exames podem ser solicitados:
- Histeroscopia diagnóstica: permite analisar o interior do útero e identificar alterações como pólipos, aderências ou inflamações no endométrio.
- Análise de células NK (natural killers): avalia a atividade de células de defesa que podem atacar o embrião.
- Testes imunológicos específicos: verificam a presença de anticorpos que interferem na implantação.
- Exames de trombofilia: ajudam a identificar problemas de coagulação que afetam a gravidez.
Esses exames detalhados são fundamentais para reduzir as chances de perdas gestacionais inesperadas.
Tratamentos disponíveis
Após identificar a causa, existem tratamentos capazes de aumentar as chances de uma gestação saudável:
- Medicamentos anti-inflamatórios leves: usados até a metade da gestação para controlar a ação de anticorpos sem prejudicar o bebê.
- Anticoagulantes específicos: recomendados em casos de trombofilias, ajudando a evitar coágulos e a proteger a placenta.
- Terapias imunomoduladoras: em algumas situações, suspensões lipídicas podem ser utilizadas para reduzir a ação exagerada das células NK.
Cada caso é único, e o tratamento deve ser acompanhado de perto durante toda a gestação e, em alguns casos, até o pós-parto, para reduzir riscos de complicações como trombose.
Fatores masculinos também importam
A fertilidade não é apenas uma questão feminina. Estima-se que cerca de 30% das causas de abortos recorrentes estejam ligadas a fatores masculinos. Um dos exames mais importantes é o índice de fragmentação do DNA espermático, que detecta alterações genéticas nos espermatozoides e pode influenciar diretamente na viabilidade do embrião.
A informação fortalece o sonho da maternidade
A infertilidade imunológica pode ser um desafio, mas não significa o fim do sonho de ter um filho. Com investigação adequada, exames detalhados e tratamentos personalizados, muitos casais conseguem superar as dificuldades e alcançar a gestação desejada.
Simpatias: 8 maneiras para tentar descobrir o sexo do bebê
Corrimento branco vaginal sinaliza chance de engravidar?
Macrossomia fetal: por que alguns bebês nascem com peso acima do normal
Sexo na gravidez: 10 posições prazerosas e confortáveis
17 receitas gostosas e saudáveis para bebês e crianças pequenas





