Gravidez e corpo: por que os órgãos parecem mudar de lugar

Entenda mais sobre as mudanças nos órgãos durante a gestação e quais incômodos são normais

Por Redação Pais e Filhos
26 jul 2025, 17h00
grávida sentada em consulta médica
 (Divulgação/Pinterest)
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Durante a gravidez, a anatomia feminina passa por uma série de modificações notáveis. Estas adaptações são essenciais para o desenvolvimento saudável da criança que está por vir. São transformações que, embora esperadas, nem todos compreendem plenamente em sua complexidade. Os componentes internos do corpo feminino precisam se ajustar à expansão do feto. Isso leva a alterações tanto observáveis quanto aquelas que acontecem sem que se perceba de imediato.

Desvendando a dinâmica interna: a metamorfose dos órgãos na espera pelo bebê

Sem dúvida, a estrutura que mais se modifica é o útero. De um tamanho modesto, ele se expande consideravelmente para acolher o desenvolvimento do bebê. Esse aumento volumétrico impulsiona a parede frontal do abdômen para a frente. Além do útero, a parede que envolve o abdômen, o revestimento cutâneo e os intestinos também sofrem adaptações significativas. Essas mudanças vêm acompanhadas por um leve reposicionamento de outros componentes abdominais, como a bexiga e o estômago, que dividem o espaço na cavidade.

Essas transformações se tornam mais perceptíveis a partir da segunda fase da gestação, quando o bebê começa a aumentar sua massa corporal. Em situações de múltiplos nascimentos, como no caso de gêmeos, a velocidade dessas alterações é ampliada, já que o útero cresce em ritmo mais acelerado.

O crescimento uterino: o motor das grandes mudanças abdominais

A principal razão por trás das alterações de posição e volume dos órgãos durante a gestação é a expansão do útero. Conforme essa estrutura se amplia, ela impulsiona a parede frontal do abdômen, criando mais espaço para o progresso do bebê. Isso resulta em uma compressão dos elementos próximos, como o intestino, que são levemente movidos. A pele também sofre um estiramento considerável, o que pode levar ao aparecimento de marcas na superfície.

Essas modificações são um processo natural e ocorrem para garantir que o pequeno tenha o espaço necessário para crescer ao longo de toda a gestação.

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Após o nascimento, as estruturas internas geralmente voltam aos seus locais originais com o tempo. O útero, por sua vez, se contrai até atingir sua dimensão anterior à concepção.

Diástase abdominal: compreendendo o afastamento muscular após a chegada do bebê

Entre as alterações que acontecem após o parto, a diástase abdominal é uma das mais frequentes, especialmente depois de gestações de múltiplos bebês. A diástase se refere à separação dos músculos que compõem o abdômen, um fenômeno que pode ser resultado do estiramento da parede abdominal durante o período gestacional.

Identificar essa condição é relativamente simples. Pode-se realizar uma avaliação caseira: deite-se de costas no chão, eleve a cabeça e toque a linha central do abdômen. Se sentir uma depressão ou uma separação evidente entre os agrupamentos musculares, pode ser um indício de diástase.

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Além de uma saliência na região abdominal, outros sinais incluem uma sensação de debilidade na área e desconforto na parte inferior das costas. Como a gravidade da diástase varia, é aconselhável procurar orientação médica para uma confirmação precisa e para o tratamento adequado da situação.

Estratégias de cuidado: prevenção e manejo da diástase

A prevenção da diástase abdominal começa com precauções durante a gravidez e se estende ao período pós-parto. Adotar posturas corporais corretas, como sentar e levantar com cuidado, é fundamental. Além disso, seguir um plano de atividades físicas seguras, supervisionadas por especialistas qualificados, é muito importante. Tais ações não apenas auxiliam na prevenção da diástase, mas também promovem uma recuperação mais rápida após o nascimento.

É importante ressaltar que, enquanto a prevenção é essencial, o controle da diástase pode ser mais complexo e pode exigir a intervenção de profissionais especializados. Controlar o ganho de peso em excesso também pode contribuir para diminuir o perigo de diástase durante a gestação.

As transformações corporais que acompanham a gravidez são um testemunho da capacidade de adaptação do organismo feminino. Cada ajuste, desde a expansão do útero até a reorganização dos órgãos vizinhos e a possível diástase, é parte de um projeto biológico impressionante para sustentar uma nova vida. Compreender esses processos permite que as futuras mães e suas famílias vivenciem essa fase com mais consciência e tranquilidade, sabendo que o corpo está em constante e magnífica sintonia com a vida em formação.

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