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Estresse na gravidez pode afetar cérebro do bebê, indica estudo

A tensão às vezes é inevitável, por isso pensar em estratégias para lidar com ela e dar suporte à mãe deve ser parte importante do pré-natal.

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 15 Maio 2020, 16h00 - Publicado em 16 jan 2020, 12h24
 (Olha Khorimarko/Getty Images)
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Saber que o filho tem uma doença congênita aumenta tanto o estresse da mulher que isso acaba impactando no crescimento de regiões importantes do cérebro dele. É o que mostra um novo estudo feito nos Estados Unidos, publicado no periódico JAMA Pediatrics

O trabalho analisou 48 gestantes cujos bebês eram portadores de cardiopatia congênita, um conjunto de doenças que afeta o coração, e 92 futuras mães sem complicações na gravidez. Elas foram submetidas a testes que avaliavam os índices de estresse, ansiedade e depressão. 

Ambos os grupos tinham níveis elevados de estresse, mas ele era bem maior entre as mães que precisavam lidar com um diagnóstico difícil, atingindo 65% delas. No outro time, foram 27%. Os achados em ansiedade (44 e 26%) e depressão (29 e 6%) trouxeram uma diferença similar. 

O cérebro dos filhos foi avaliado por ressonância magnética entre a 21ª e a 40ª semana de gravidez. E os cientistas notaram que ansiedade e estresse no segundo trimestre estavam associados a alterações de crescimento no hipocampo e no cerebelo, áreas responsáveis pela memória, aprendizado, coordenação motora e desenvolvimento social/comportamental. 

Atenção à saúde mental da mulher 

É inevitável que uma família fique estressada depois de receber uma notícia negativa sobre a saúde do filho, especialmente em uma época já turbulenta como é a gestação. O que deve mudar é a forma de lidar com isso. 

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“Nenhuma dessas mulheres tinha sido testada para depressão ou ansiedade ou recebeu algum tipo de tratamento para melhorar a saúde mental” comentou à imprensa a pesquisadora Catherine Limperopoulos, diretora do Children’s National Hospital, autora do estudo. 

“É fundamental que esse rastreamento seja rotineiro no pré-natal, assim como o acesso a medidas que diminuam o nível de estresse da gestante”, completou. Pensando nisso, o time agora vai investigar quais seriam as melhores intervenções nesse cenário. 

Estresse é ruim para mãe e bebê

A influência do estresse na gestação é conhecida há tempos. Baixo peso ao nascer, maior risco de parto prematuro e ameaças à saúde da mulher são efeitos já comprovados pela ciência. Para além do parto, agora se estuda, por exemplo, como ele pode afetar o crescimento do bebê e seu comportamento na infância

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Atenção dos médicos e uma boa rede de apoio são fundamentais para amenizar suas consequências. 

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