Chá de bebê: os limites do que pedir no convite
É legal especificar tamanho e marca da fralda? Tudo bem acrescentar um "mimo"? Veja os conselhos para não ser deselegante com os convidados
Tradicionalmente, o chá de bebê era feito para quem quisesse colaborar com o enxoval do pequeno que estava a caminho. Assim, uma reunião simples bastava para juntar familiares e amigos próximos. Nos últimos anos, porém, ele acabou ganhando novas dimensões, tornando-se um evento que demanda planejamento e, sobretudo, gastos. Tantos que, muitas vezes, o intuito de colaboração se perde, afinal, o dinheiro usado acaba sendo superior ao que se gastaria na compra de todos aqueles produtos recebidos.
Ainda assim, a festinha se mantém – afinal, pode ser um momento gostoso para celebrar a nova vida e até tirar foto dos convidados com o bebê na barriga. Milene Guerson, CEO e Founder do iFraldas (@ifraldas), conta que, hoje em dia, o chá de fraldas é o mais comum, “por ser mais prático e interessante, sobretudo em razão do alto consumo nos primeiros anos de vida do bebê e por facilitar a vida dos convidados”, já que a escolha do presente fica muito mais simples.
Mas aí fica a grande dúvida: é deselegante especificar a marca de fralda desejada? Para Milene, isso pode ser lido de forma negativa. “Apesar de ter se tornado um costume, acaba estipulando o valor do presente. Certamente, não é o modelo de convite que todos gostam de receber”, comenta. Já o tamanho pode ser especificado sem problemas, segundo ela, até para evitar o acúmulo e o desperdício no futuro.
Algo que acontece com frequência também é a inclusão de um “mimo” ou até mais itens no convite. E aí? “Esse evento não tem, ou não deveria ter, o objetivo de montar todo o enxoval do bebê. O que se ganha é uma ajuda, um auxílio. A responsabilidade de fornecer tudo de que a criança precisa é dos pais, não dos convidados”, alerta Milene.
Como seria o convite ideal para o chá de bebê ou de fraldas?
“Um convite educado é aquele em que os pais dão liberdade para os convidados comprarem o que quiserem, na medida de suas possibilidades. Enviar no convite uma lista online com fraldas e presentes com valores diversos, por exemplo, cumpre essa função”, orienta a profissional. Essa dica é uma boa pedida e que ficou recorrente depois da pandemia de Covid-19. “Não ter que se deslocar a mercados, lojas ou farmácias em busca do presente é tudo o que muitos convidados querem”, reforça.
Os famosos “convites sem noção”
Recentemente, muitos relatos de convites para chá de bebê considerados equivocados têm circulado pelas redes sociais. Além de pedir fralda e, eventualmente, o “mimo”, listam ainda itens como presentes para os pais, bebida e até colaboração com a comida e a bebida do evento.
“Custear uma festa pode não fazer sentido se o dinheiro está contado para a chegada do bebê. Nesses casos, é comum algum amigo ou parente tomar a frente da organização e dividir esse custo com outros convidados. É o chamado chá surpresa“, pondera a CEO da iFraldas.
Se isso acontecer, maravilha! Se não for o caso, vale repensar, afinal, os encargos não devem ser repassados para os convidados da festa.
Para descontrair…
Inspirada nos relatos curiosos da internet, a humorista Jessica Diniz (@jedinizm) criou a sátira “Amei, não vou”, ironizando os convites sem limites que aparecem por aí. 😂 Assista a seguir:
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Brincadeiras à parte, vale lembrar que o chá de bebê pode ser um momento lindo para toda a família e os amigos queridos, afinal, é a comemoração do pequeno que vem por aí! Com bom senso, cuidado e carinho, certamente o evento vai render lembranças para toda a vida!
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