BEBÊ RESPONDE: que tipo de repelente as grávidas podem usar?
Proteger-se dos pernilongos durante a gestação é essencial, mas nem todos os produtos são seguros para o bebê. Saiba como escolher!
O verão é a estação preferida de muitas pessoas, afinal, é quando praia, piscina e natureza são mais aproveitadas. Porém, junto com a diversão proporcionada pelo calor, vêm também os tão incômodos pernilongos. Além de causarem feridinhas que coçam, alguns deles podem transmitir doenças, como dengue, chikungunya, febre amarela e zika – essa última trazendo danos irreversíveis ao feto.
É por isso que proteger-se dos mosquitos é imprescindível, inclusive durante a gestação. Mas grávida pode usar repelente? Já adiantamos que sim. E quais seriam os tipos indicados? Para responder a essas e outras questões, consultamos André Moreira, dermatologista pela Universidade Federal de Goiás e Master in Science em oncodermatologia e dermatoscopia pela Universidade de Graz, na Áustria.
“Os repelentes liberados pela Anvisa para as gestantes são:
– à base de DEET (como o OFF!)
– à base de icaridina (como o Exposis)
– à base de ir3535 (como a loção antimosquito da Johnson’s)
Nós não temos estudos para indicar os repelentes à base de citronela, óleo de capim-limão, óleo de cedro, óleo de gerânio, óleo de hortelã-pimenta, andiroba e óleo de cravo. Portanto, como não sabemos se são seguros durante a gestação, não recomendamos o uso.
Como usar e quando reaplicar o repelente
A durabilidade do efeito do repelente depende do produto e também da concentração dele. O DEET 10% protege a pessoa por duas horas, o de 25% protege por dez horas (e não adianta ser acima de 50%, pois não muda esse tempo de duração). Já o ir3535 dura de quatro a oito horas, enquanto a icaridina tem apresentações que protegem até doze horas.
O repelente deve ser aplicado sobre as roupas e pele exposta, nunca embaixo da roupa. Vale lembrar que, em caso de muito suor ou banho, ele precisa ser reaplicado. Na ordem de produtos lembre sempre: o repelente é uma capa. O que você coloca primeiro? A roupa ou a capa de chuva?
O efeito é justamente criar uma ‘nuvem’ que pode chegar até 4 cm na área aplicada e que repele os mosquitos. Caso você passe algo sobre ele, essa ‘nuvem’ é rompida e perdemos a proteção. Assim sendo, repelente sempre por último, inclusive sobre a roupa.
O que fazer em caso de reação alérgica
O repelente, assim como qualquer produto aplicado sobre a pele, pode causar irritações e alergias. Caso elas ocorram, o caminho mais certeiro é interromper o uso e procurar o médico, especialmente na gestação, fase em que diversos medicamentos não podem ser utilizados.”