Entre as tristes imagens que o conflito entre a Rússia e Ucrânia tem gerado, um vídeo positivo tem circulado nas redes sociais. Nele, duas crianças ucranianas são acolhidas fervorosamente por outros alunos que os aplaudem, erguem bandeiras do país de origem dos pequenos e os conduzem para dentro da escola Don Milani institute, em Nápoles, sul da Itália.
De acordo com a imprensa local, as duas crianças são irmãs, sendo o garotinho Dmitri mais velho, com dez anos, e a caçula Victoria com oito anos. No vídeo divulgado no Twitter, o pequeno aparece de touca e máscara azuis, enquanto sua irmã veste rosa e surge um pouco mais acuada atrás dele.
No entanto, ao cruzarem a porta do colégio juntos, são surpreendido por aplausos tanto dos alunos quanto dos profissionais da educação e logo são enturmados, com outras crianças segurando suas mãos e os levando para dentro da escola.
Зустріч Українських діток в Італійській школі pic.twitter.com/yyN8JNXRMK
— Capo cantiere 🇮🇹 (@CHUDOUO) March 13, 2022
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Os desafios enfrentados pelas crianças ucranianas
As imagens são reconfortantes em meio aos números dolorosos que rondam o público infantil do país em guerra. No dia 15 de março, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) revelou que, desde 24 de fevereiro, mais de 1,5 milhão de crianças ucranianas tornaram-se refugiadas devido ao combate entre as nações – isso significa que, a cada minuto, 55 delas são obrigadas a deixar tudo o que conhecem para trás e são direcionadas a locais próximos, como abrigos em fronteiras com a Polônia e Romênia.
“Esta crise de refugiados é, em termos de velocidade e escala, a maior desde a Segunda Guerra Mundial, e não mostra sinais de desaceleração. Como todas as crianças expulsas de suas casas pela guerra, as ucranianas que chegam aos países vizinhos correm riscos significativos de separação familiar, violência, exploração sexual e tráfico”, defende o representante em nota à imprensa. E ainda completa: “Elas precisam desesperadamente de serviços de segurança, estabilidade e proteção infantil, especialmente aquelas que estão desacompanhados ou foram separados de suas famílias”, apontou James Elder, porta-voz da UNICEF.
Até o momento, a UNICEF afirma que já são 37 crianças e adolescentes ucranianos mortos por causa do embate com a Rússia e 50 feridos.