A história do pai solo que adotou 4 crianças com necessidades especiais

"Eu acordo toda manhã e penso: como seria a minha vida sem elas? Sei que eu estaria vazio, com certeza", afirmou Benjamin.

Por Luísa Massa
Atualizado em 22 abr 2018, 23h24 - Publicado em 18 abr 2018, 18h28
 (@benjamincarp/Twitter)
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O britânico Benjamin Carpenter, de 33 anos, sempre sonhou em ter filhos, independente de ter ou não uma pessoa do seu lado para dividir as responsabilidades. Há 10 anos ele concretizou esse desejo e adotou Jack, que tem autismo e TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo). O pai continuou seguindo o plano de aumentar a família e depois do primogênito, outras três crianças vieram: duas meninas e um menino – todos frutos da adoção.

Entre elas, as irmãs Ruby, de 6 anos – portadora da Síndrome Pierre Robin, que acarreta problemas de mobilidade e na visão – e Lilly, de 5, que tem deficiência auditiva – o que fez com que Benjamin aprendesse a linguagem de sinais. Por último, chegou o caçula Joseph, de 2 aninhos, que tem Síndrome de Down e algumas complicações relacionadas com a trissomia.

Em entrevista ao site UNILAD, o britânico afirmou que sempre quis ser pai, mas que ter filhos biológicos nunca foi uma prioridade na sua vida. Ele também disse que as crianças com necessidades especiais são negligenciadas, mas que entende que nem todos conseguem assumir essa responsabilidade. “Você tem que ser verdadeiro com você mesmo quando estiver na jornada de adoção sobre o tipo de criança que sente que combina melhor com você e a sua família”, opinou.

Ele contou, ainda, que a justiça demorou três anos para conceder a guarda dos pequenos e que até hoje ouve palpites desnecessários por criar os filhos sozinhos e ser gay. “Para mim, esses são apenas comentários e eu posso lidar com isso. Eu me vejo corrigindo comentários ingênuos e, para ser sincero, 70% das vezes as pessoas veem sentido quando eu explico [as coisas]”, revelou.

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O papai não descarta os planos de adotar mais um baixinho porque, segundo ele, os filhos são a sua maior alegria. “Eu acordo toda manhã e penso: como seria a minha vida sem as crianças? Sei que eu estaria vazio, com certeza”, refletiu.

 

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