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Ganhador do Oscar, “Hair Love” vira série sobre representatividade negra

A nova animação, rebatizada de "Young Love!", vai explorar mais a dinâmica familiar da jovem família negra. Representatividade importa sim!

Por Fernanda Tsuji
Atualizado em 16 nov 2020, 12h31 - Publicado em 8 jul 2020, 11h14
 (Sony Pictures Animation/Divulgação)
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Os movimentos antirracistas que tomaram as ruas e as redes sociais ampliaram as discussões sobre o tema e levaram muitos pais a repensarem o modo como estavam criando seus filhos. Desde muito cedo, é importante alinhar o discurso sobre atitudes racistas e desenvolver na criança um entendimento de mundo que contemple a diversidade.

E ter material – filmes, livros e desenhos – que ajudem a transmitir de maneira lúdica esta mensagem ajuda muito os pequenos a internalizarem ideias complexas como preconceito racial, ancestralidade e valorização étnica e cultural. Uma destas produções ganhou muita visibilidade depois que ganhou o Oscar de Melhor Curta de Animação.

Trata-se de “Hair Love“, um desenho de 2019 escrita por Matthew A. Cherry, que agora virará série da HBO Max. (P.S: vale a pena ler o discurso que Matthew e a produtora do desenho, Karen Rupert Toliver, fizeram ao subir no palco para receber o prêmio.)

A história do curta gira em torno de uma garotinha negra chamada Zuri. Ela quer fazer um penteado em seu cabelo afro, imitando um tutorial que viu na internet numa página chamada justamente de “Hair Love”. Seu pai, vendo a dificuldade da pequena, tenta ajudá-la, mas acaba percebendo que existe muito mais por trás de um simples penteado: é o resgate da autoestima, a identificação com as raízes negras e o entendimento de raça que tomam lugar entre a escova e as mãos da pequena Zuri.

A nova série, rebatizada de “Young Love!”, será baseada no livro “Hair Love” – sim, também é um livro e você pode comprá-lo aqui! Serão 12 episódios onde veremos mais da relação entre pai, filha e também da mãe (que no curta tem um papel fundamental na autoestima da menina, mas não vamos dar spoilers). “Eu estou mais do que animado por continuar a contar a história de Stephen, Angela e Zuri, além de explorar mais a dinâmica familiar de uma jovem família millenial negra”, disse o diretor no anúncio oficial.

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Agora é esperar pela data de lançamento da série e torcer para que chegue ao Brasil também. Ah! E se você ainda não assistiu, dá o play aqui porque vale cada um dos 6 minutos do curta:

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