Por conta do avanço da pandemia do novo coronavírus, a Disney anunciou em março o fechamento de seus parques temáticos. A medida pretendia durar até o fim de maio, mas com a explosão do número de casos em território norte-americano – que se tornou temporariamente o epicentro da doença – a empresa multinacional teve que adiar a volta às atividades.
Na quarta-feira (27), dois meses depois, a Disney voltou a se pronunciar. Em uma videoconferência da Força-Tarefa de Recuperação do Condado de Orange, na Flórida, o vice-presidente Sênior de Operações do Walt Disney World Resort, Jim MacPhee , apresentou a proposta de reabertura dos parques.
De acordo com a sua fala, os primeiros a abrirem suas portas serão o Magic Kingdom e o Animal Kingdom, em 11 de julho, seguidos por Epcot e Hollywood Studios, que devem voltar a operar em 15 de julho.
O plano foi aprovado pelo governo do Condado, mas será realizado em etapas e com medidas de segurança que deixarão a experiência do visitante bem diferente do que era antes. Além de todos os parques abrirem no sistema de “soft opening”, com público restrito, todos terão que usar máscaras e terão suas temperaturas medidas na entrada do complexo.
Além disso, o vice-presidente afirmou que os clientes e cast members – os trabalhadores dos parques – terão menos contato entre si e a preocupação com higiene será redobrada, através da instalação de estações para a lavagem das mãos por toda a extensão do parque, bem como o controle para que as pessoas mantenham uma distância apropriada entre si.
“Apesar da abertura dos parques, haverá limite de capacidade nas atrações, restaurantes e lojas”, disse MacPhee. Algumas das programações clássicas da Disney também terão que esperar. “Vamos suspender temporariamente as paradas, os fogos de artifício e outros eventos que criam aglomerações”, acrescentou ele.
Os complexos Disney, também muito conhecidos por suas filas quilométricas, terão que fazer ajustes, delimitando uma distância segura entre as pessoas na espera dos brinquedos, algo que já está sendo aplicado na Disney de Xangai.
Embora a realidade seja completamente inédita, o vice-presidente se mostrou empenhado na tarefa de deixar a experiência dos visitantes a mais encantadora possível. “Nós esperamos que todos façam sua parte para trazer de volta a magia do Walt Disney World para este novo ambiente”, reiterou.
Muitos dos pontos listados no novo protocolo de segurança são similares aos implementados na Disneylândia de Xangai, na China, que reabriu em 11 de maio. O parque chinês está operando com 30% da capacidade máxima de visitantes e, para controlar o fluxo, a empresa só está vendendo ingressos para datas marcadas previamente.
Nos Estados Unidos, o único a voltar a funcionar por enquanto foi o Disney Springs, um centro de compras, restaurantes e outras opções de lazer que liberou a entrada de visitantes em 20 de maio. O destino pertence à Walt Disney Company e está localizado próximo ao complexo de parques.