Entre os 5 e 6 meses, a criança passa pela fase da formação do triângulo familiar. O meu filho não tem a presença do pai. Como se dá essa fase?
“Por volta do sexto mês de vida, o bebê já conhece a mãe, já passou pela ‘primeira crise’ dos 3 meses, e começa a reconhecer a figura do pai e, assim, se dá a formação do triângulo familiar. É nesse período que especialistas acreditam que aconteça a segunda crise do bebê. No caso de uma estrutura familiar sem a presença paterna convencional, normalmente isso acontece com a figura masculina de referência, seja tio, avô ou alguém próximo. Quando a mãe é a presença exclusiva no contexto familiar, o mais importante é resolver bem a questão que Freud classificou como ‘o romance familiar’, no qual ligamo-nos apaixonadamente ao progenitor do sexo oposto, competindo com nosso, agora rival, progenitor do nosso gênero. No entanto, o triângulo familiar não se restringe a essa fase da infância, ele repercute ao longo da vida. Assim, a resolução desse processo será resultado da reação da mãe e ela deve estabelecer os limites”, explica Larissa Fonseca, pedagoga especialista em Educação Infantil e Psicopedagogia.