Como deixar a casa segura para o momento em que o bebê começa a engatinhar

Pode parecer um exagero, mas não é. Com medidas simples, você pode evitar riscos e deixar os acidentes domésticos bem longe do seu filho. Veja como!

Por Carla Leonardi (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 18h53 - Publicado em 18 fev 2016, 13h45
Redes de proteção: Manutenção periódica para garantir a segurança
Redes de proteção: Manutenção periódica para garantir a segurança (Thinkstock/Getty Images)
Continua após publicidade

Quando se é mãe, qualquer avanço do bebê é uma grande conquista. Os primeiros sorrisos, a primeira vez que ele se vira de bruços, os ensaios para engatinhar… Mas se por um lado essa fase que antecede os primeiros passinhos é motivo de orgulho para os pais babões, também deve ser de atenção redobrada: sua casa pode pode estar cheia de armadilhas.

De acordo com dados do Datasus (Departamento de Informática do SUS), em 2013, 718 crianças entre zero e 14 anos morreram em acidentes domésticos. Entre 1 e 4 anos, o maior número de mortes acidentais em casa foi provocado por afogamento e, entre as menores de 1 ano, a principal causa foi a sufocamento. Alarmante! O problema é que, embora esses dados sejam impressionantes, não é tão simples notar que esses acidentes acontecem em situações menos óbvias do que imaginamos.

Talvez num primeiro momento você não perceba os perigos que podem estar por aí, no seu banheiro ou na sala de estar, mas nessa fase o seu pequeno está se tornando um desbravador e tanto, por isso é bom ficar atento a alguns detalhes para evitar qualquer problema. “As crianças mais novas podem se afogar em apenas 2,5 cm de água por causa do peso da cabeça. Por isso, é importante deixar a tampa do vaso sanitário sempre fechada e, se possível, lacrada com algum dispositivo de segurança”, aconselha Gabriela Guida de Freitas, coordenadora da ONG Criança Segura. Ela ainda alerta os pais para nunca deixarem a criança na banheira sem supervisão, nem mesmo por pouco tempo: “Cerca de dez segundos são o suficiente para que ela fique submersa e, em dois minutos, ela já pode perder a consciência”.

Ainda pensando em manter o risco de afogamento longe das casas, Gabriela lembra da necessidade de colocar cerca na piscina, com 1,5 m de altura e portão com trava, além de esvaziar e virar de cabeça para baixo qualquer recipiente que possa acumular água. “Esse tipo de acidente é rápido, silencioso e, geralmente, fatal”, ressalta a coordenadora.

Os pais também precisam pensar na casa de acordo com a mobilidade do pequeno, afinal, ele está começando a se movimentar sozinho e não sabe quais são os seus limites. “O ideal é colocar portão de segurança no topo e na base da escada, usar antiderrapantes caso tenha tapetes escorregadios, instalar grades e redes de proteção nas janelas, proteger tomadas e usar canaletas para esconder fios de aparelhos eletrônicos”, aconselha Gabriela.

Outra medida preventiva é não deixar móveis próximos a janelas, pois podem ser usados para escalar. Guardar medicamentos e produtos de limpeza, deixando-os longe das mãozinhas curiosas das crianças, também é indispensável, assim como objetos cortantes ou que possam ser engolidos. Por fim, vale lembrar o sufocamento – principal causa de acidentes domésticos entre crianças com menos de 1 ano. Ele pode ser causado por sacos ou embalagens plásticas soltas pela casa, por exemplo. “Essas medidas de segurança não são um exagero, pois as crianças não conhecem os riscos e explorar o ambiente faz parte da natureza delas”, finaliza Gabriela, acrescentando que a necessidade dessas precauções deve ser avaliada pelos pais de acordo com o perfil dos filhos – os mais curiosos demandam mais atenção e cuidado.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

oferta

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.