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Como cuidar do bebê durante o verão

Termômetros em alta combinam com praia, piscina. Veja as precauções que garantem a saúde e a segurança dos pequenos.

Por Suzana Dias (colaboradora)
Atualizado em 24 jan 2017, 18h07 - Publicado em 30 jun 2015, 03h43

Férias de verão são tudo de bom quando curtidas com muitos banhos de mar ou de piscina. As crianças adoram o calor e as brincadeiras aquáticas. Os pais, entretanto, precisam estar vigilantes, pois tanto o sol quanto a água podem oferecer riscos. Tire suas dúvidas sobre como agir para que as crianças se esbaldem sem correr nenhum perigo:

Bebês com menos de 6 meses podem acompanhar a família ao banho de sol?

Segundo a pediatra e especialista em neonatologia Fátima Parente, de São Paulo, o ideal é evitar que a criança muito pequena frequente piscinas e praias. A pele do bebê antes de 6 meses é muito sensível e fina e precisa ser protegida da exposição solar. Por isso, ele só deve tomar os 15 minutos de sol que o pediatra recomenda para a ossificação. Mais do que isso, não se recomenda”, avisa a médica.

O que fazer para prevenir a desidratação?

Entretidas com a diversão, as crianças acabam esquecendo de tomar água, o que pode levar a sérios problemas. Deve-se beber muito líquido, como água pura, água-de-coco, sucos naturais e chás para repor as perdas pelo suor, avisa Fátima Parente. A alimentação à base de frutas, verduras e proteínas também ajuda. Procure não comprar bebidas, espetinhos, picolés e outros alimentos vendidos na praia, nem sempre preparados com a devida higiene e que, muitas vezes, sofrem deterioração devido ao calor.

Como proteger as crianças do sol?

Em primeiro lugar, escolha um momento fora do período entre 10 e 16 horas (ou 11 a 17 horas nos estados que adotam o horário de verão) para nadar ou tomar sol. A recomendação vale também para os dias nublados, pois parte dos raios ultravioletas, nocivos para a pele e mais intensos nesse intervalo, atravessa as nuvens.

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Aplique protetor solar em todo o corpo e rosto de seu filho. Escolha um protetor com FPS (Fator de Proteção Solar) igual ou superior a 30 e reaplique-o com frequência: mesmo que o rótulo diga o contrário, o suor e a água removem parte do produto.

Quanto mais clara a pele, maior a necessidade de reaplicação. Um boné ou chapeuzinho também deve ser utilizado para proteger a pele do rosto – a mais sensível – do sol. Protetor labial é bom, mas só é obrigatório se a criança tiver tendência a alguma doença de pele, como descamação do lábio ou herpes. De todo modo, não custa passar uma camada do protetor solar na boca do seu pequeno antes de ele deixar o guardassol.

Como evitar doenças de pele?

Para impedir a proliferação de fungos causadores de micose e de bactérias que provocam doenças de pele, a dermatologista Valéria Marcondes recomenda que os pais fiquem atentos à umidade dos maiôs e sungas da garotada.

O indicado é trocar as peças de banho por roupas secas assim que a brincadeira na água acabar. Usar chinelos em áreas úmidas e de água parada, como chuveiros coletivos e decks de piscinas, também é um cuidado que minimiza esse risco. Deve-se enxugar bem entre os dedos dos pés e a virilha após o banho, complementa a dermatologista. Na praia, evite ficar próximo às saídas de córregos e canais, onde quase sempre há esgoto – sinônimo de inúmeras doenças.

É verdade que não se deve mergulhar na piscina depois de comer muito?

Sim. Após uma refeição maior, como o almoço, é importante aguardar pelo menos uma hora para entrar na água. Essa regra vale para todos, mas especialmente para as crianças. Isso porque elas se agitam demais ao brincar e, durante a digestão, o organismo precisa concentrar muito sangue no aparelho digestivo.

Se houver muito movimento físico, o sangue precisará ser deslocado para outras partes do corpo, causando um desequilíbrio. Assim, a criança pode passar mal e se afogar em consequência disso. É a situação conhecida popularmente como congestão.

É recomendável tomar uma chuveirada após o banho de mar ou de piscina?

Sim, é saudável uma chuveirada para retirar o excesso de sal do mar ou de cloro, clarificantes e algicidas encontrados na água da piscina. Muitas crianças são alérgicas e mais sensíveis ao contato com essas substâncias. Por isso, é adequado lavar o corpo em água corrente, diz a dermatologista Valéria Marcondes, de São Paulo.

Chegando na casa da praia ou logo que a permanência na piscina for encerrada, dê um banho de chuveiro completo. Entretanto evite banhos longos e quentes demais, e não esfregue muito a pele com o sabonete ou a bucha, recomenda a médica. Na sequência, vale passar um hidratante hipoalergênico na pele de seu filho.

E se entrar água no ouvido?

Se seu filho reclamar que entrou água no ouvido, deite-o imediatamente com a orelha correspondente virada para baixo. Para facilitar a saída do líquido, introduza um chumaço pequeno de algodão na entrada do conduto auditivo, mas sem empurrar muito. Observe a criança nas próximas horas e procure um pediatra caso ela se queixe de dor, que ocorre quando há inflamação. Nesse caso, será necessário tratar a otite. O uso de tampões pode prevenir com eficiência esse tipo de problema, mas é preciso estar consciente de que nem toda criança aceita o acessório.

Qual o melhor tipo de boia?

Nem a de braço e muito menos a de cintura. Quando o assunto é segurança na água, a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) recomenda o uso de boias do tipo colete. As boias de braço são altamente inseguras, elas apenas passam uma falsa segurança. O colete é o melhor e é fácil de ser encontrado, orienta David Szpilman, médico e membro da diretoria da Sobrasa. Ainda que seu filho já tenha boas noções de natação, não relaxe na supervisão e nunca o deixe sozinho, especialmente no mar. Prefira sempre a área mais rasa. Na piscina, oriente a criança a não mergulhar de cabeça para evitar acidentes. Verifique se o filtro de água está desligado. O dispositivo é muito perigoso porque pode sugar a criança em direção ao ralo.

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