Não é raro ver notícias de famosas que aderiram à placentofagia. Nos últimos anos, celebridades como Alicia Silverstone, Jennifer Lopez, January Jones e Kim Kardashian já causaram polêmica ao defender publicamente o ato de comer a estrutura responsável por abrigar e nutrir o bebê durante a gravidez. Agora, quem entrou para esse time foi Bela Gil. Em entrevista à coluna “Beira-Mar”, da revista Veja Rio, publicada no último sábado, 10, ela declarou que ingeriu sua placenta após dar à luz o segundo filho, Nino, que chegou ao mundo em maio de 2016, em um parto natural realizado em casa.
É um absurdo o parto domiciliar com auxílio médico ser proibido no Rio. No meu, eu até ingeri a placenta
Controversa, a prática vem sendo analisada por diversos pesquisadores e, até o momento, não há evidências de que comer a placenta possa trazer qualquer benefício para a mãe, como evitar a depressão pós-parto, aumentar o leite materno ou fortalecer o instinto maternal – ao contrário do que muitas mulheres acreditam. E isso foi demonstrado por cientistas da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, após revisarem dez estudos sobre placentofagia. A conclusão desse trabalho foi publicada em 2015, no periódico Archives of Women’s Mental Health.
No entanto, ao ser questionada sobre a existência de algum fundamento científico para tal ato, Bela respondeu: “Não, mas é uma fonte incrível de nutrientes. Nem senti o gosto, porque misturei com vitamina de banana”. A apresentadora disse, ainda, que a filha mais velha, Flor, de 7 anos, também bebeu essa mistura enquanto comemorava a chegada do irmão. Poder contar com a presença da menina, por sinal, influenciou Bela na decisão de dar à luz em seu apartamento. “Um dos motivos que me fez ter filho em casa é que minha filha queria muito poder assistir o parto e no hospital ela não poderia de jeito nenhum”, afirmou na série “Bela Maternidade”, lançada recentemente no YouTube.
Nesta nova empreitada, a filha de Gilberto Gil tem abordado (em transmissões ao vivo) temas como gestação, tipos de parto e amamentação e chegou a publicar o vídeo do nascimento do caçula – agora com pouco mais de três meses de vida. E, em um dos episódios, ela não só relatou como foi esse processo, como falou sobre o desejo de ter um parto domiciliar, sem intervenções médicas. “Parir em casa não é uma coisa ‘riponga’. A parteira estuda, ela tem equipamentos e está resguardada, ela tem algum plano B. É uma decisão responsável e não irresponsável como muitas pessoas pensam”, declarou.