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8 coisas pelas quais as mães não deveriam sentir culpa ou vergonha

Tentar se cobrar menos pelos assuntos que envolvem a criação dos filhos não é tão simples quanto parece, mas dá para viver com mais leveza. Leia mais!

Por Carla Leonardi (colaboradora)
Atualizado em 27 out 2016, 21h50 - Publicado em 9 set 2016, 16h15
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Se tem uma coisa que não dá para negar é a enxurrada de sentimentos que surge quando uma mulher se torna mãe: alegria, medo, ansiedade, amor… E culpa, claro! Por mais que se faça sempre o melhor possível e que se esteja sempre tentando acertar, quase toda mãe tem aquela pontinha de dúvida pelo que poderia estar fazendo diferente. E isso não fica restrito à criação dos filhos em casa, não. A atitude delas e das crianças em sociedade – e aí podemos incluir a amamentação em público, as birras, os choros e a malcriação – também traz uma série de angústias e até vergonhas. Vergonhas que, vale lembrar, as mamães não precisam ter. Veja 8 motivos pelos quais você não deveria se desculpar:

1. Pelo choro das crianças

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Bebês choram. Não importa se mais ou menos, todos eles estão sempre prontos para abrir o berreiro – o que é normal, claro, já que é assim que eles se comunicam nos primeiros meses de vida. Mas é natural que isso não aconteça só quando vocês estão em casa, protegidos pela acústica das paredes. Parece que os pequenos fazem um aquecimento especial nos pulmões quando você decide tirar ao menos um dia da semana para jantar fora ou quando embarcam naquele voo de 11 horas. E por mais que choro de criança incomode, você não deveria se sentir envergonhada ou culpada por isso, ainda que as outras pessoas façam cara de poucos amigos. O seu empenho em fazer o bebê parar de chorar é para atender as necessidades dele ou aliviar o seu sofrimento – e não porque está intimidada pelos outros.

2. Por amamentar em público

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Muitas mães preferem ter privacidade e poder dar de mamar num ambiente tranquilo e silencioso. Mas quando se tem filhos, nada sai exatamente como planejamos e a fome do seu pequeno vai bater em qualquer lugar. Aí não tem jeito: você vai precisar oferecer o peito para o seu bebê em público. E embora a nossa sociedade seja livre de pudores para tantas coisas, o olhar torto para uma mãe que está amamentando ainda acontece, sim, infelizmente. É incrível como um ato tão natural ainda seja tabu e precise ser muito mais respeitado do que é. Mas é um direito seu poder alimentar o seu filho em qualquer lugar que você esteja – e se for impedida de fazer isso, o estabelecimento pode ser multado! Por isso, não se envergonhe ou sinta que está fazendo algo que não deveria.

3. Pelas birras dos seus filhos

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Não importa o quanto você eduque seu pequeno e o quanto se gabe por ele ser comportado. Uma hora ou outra, o tão temido dia de fúria vai acontecer. Seja porque ele está com fome, com sono ou só porque aquele é “o dia” para passar a mão nas prateleiras do mercado derrubando tudo ou para se jogar no chão das lojas e dar um show. E se sentir um pouco de vergonha é até comum – afinal, em condições normais de temperatura e pressão você não andaria com alguém que sai correndo e gritando pelo shopping como se não houvesse amanhã – por outro lado, é besteira: esse outro alguém é uma criança e, mais importante que isso, é o seu filho! Tente não se incomodar com os olhares de julgamento que as mães costumam receber quando seus filhotes fazem birra. É só falta de empatia de pessoas que não sabem (ou fingem esquecer) como funciona a maternidade.

4. Pelo mau comportamento das crianças na escola

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Sabe quando você pega a agenda do seu filho e está lá, em destaque, um aviso em caneta colorida chamando “os responsáveis” para uma conversa e o seu coração dispara? Não só porque nessa hora você não queria ser “a responsável” por nada, mas também porque, muitas vezes, a preocupação pelo que sua criança andou aprontando na escola vem junto de outros sentimentos. Culpa por não conseguir que ela se comporte bem 100% do tempo (como se isso fosse possível!) e até vergonha – seja da professora, seja daquelas mães que estão sempre prontas para julgar os filhos dos outros. De novo, não se sinta mal por isso! Os profissionais da escola são educadores e estão acostumados aos diferentes comportamentos. Mais do que isso, eles estão lá também para auxiliar a orientar os pequenos. Por isso, leve na boa essas conversas – elas servem para ajudar, não para dar bronca. Bom, já sobre as mães palpiteiras? Aí é melhor ignorar…

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5. Por não saber tudo

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Ninguém nasce mãe e bebê algum vem com manual de instrução explicando passo a passo o seu funcionamento. Pode parecer clichê falar isso, mas às vezes temos que repetir mil vezes essas afirmações para entender que a maternidade não é um dom natural despertado no momento em que o resultado do teste de gravidez dá positivo. Tudo faz parte de um processo de aprendizado e é a experiência do dia a dia que vai fazer você diferenciar os choros, reconhecer as manhas, sentir a febre… Portanto, não se cobre demais por não saber tudo ou por achar que poderia estar fazendo algo melhor. É normal errar nesse percurso e maternidade ideal não existe; ideal é o caminho que cada família vai construindo.  

6. Por se preocupar demais

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Você sabe que não dá para controlar o mundo, mas parece ignorar essa pequena verdade da vida ao tentar garantir que nada de errado aconteça com o seu filho. Faz zilhões de perguntas a respeito da excursão da escola, verifica cada cantinho do playground do prédio, quer saber tim-tim por tim-tim sobre a festinha de aniversário do amigo… E se, às vezes, você se culpa por ser exagerada demais, pode ficar tranquila! Se existe alguém que tem o direito de proteger suas crias como leoa, esse alguém é a mãe.

7. Por procurar “privilégios”

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Afinal, não é só com criança de colo que as mães precisam de ajuda, não. Enfrentar uma longa espera com os filhos impacientes e cansados pode ser uma tarefa daquelas. Nesses momentos, contar com a empatia e com a ajuda dos outros é essencial – seja para passar na frente na fila do banheiro, para conseguir a primeira fileira no avião, seja até para conseguir uma mãozinha para carregar as compras do supermercado. 

8. Por não ter superpoderes

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Parece brincadeira dizer que mães se sentem culpadas por não terem poderes mágicos, mas atire a primeira pedra quem nunca se sentiu mal por não poder curar um resfriado só com um beijinho ou conseguir estar em todos os lugares ao mesmo tempo, dando conta de todas as tarefas que vêm junto da maternidade. Mas se não dá para lançar um feitiço aqui e outro ali, fique sossegada – o seu carinho não diminui a febre, mas com certeza faz o seu pequeno se sentir melhor.

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