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Terror noturno: a condição que assombra mais pais do que bebês

Comuns durante o desenvolvimento cerebral da infância, episódios não costumam apresentar riscos e a criança raramente se lembra deles no dia seguinte

Por Maurício Brum
12 jul 2024, 07h00

O nome do terror noturno é bem apropriado: embora ele se refira ao bebê ou criança que está passando por um episódio assim, na prática também descreve bem o que sentem os pais que se deparam com uma situação dessas. Isso porque, para quem testemunha a cena, o susto continua no dia seguinte – enquanto a própria criança esquece. Afinal, o que é o terror noturno e por que ele acontece?

Não se sabem exatamente as causas que levam algumas crianças a terem esses episódios e outras não. Fatores genéticos e ambientais parecem ter influência, e há relação direta com o desenvolvimento cerebral: como a capacidade de regulação do sono não está plenamente desenvolvida, isso pode levar a situações desse tipo.

Como identificar o terror noturno?

Em geral, episódios de terror noturno acontecem nas primeiras horas do sono. O quadro pode se manifestar com os seguintes sinais:

 

O terror noturno costuma se manifestar em episódios muito curtos, de menos de cinco minutos, e uma característica comum é que a criança não costuma se lembrar dele no dia seguinte. É, inclusive, uma boa maneira de diferenciar dos pesadelos, quando a criança costuma acordar de súbito recordando daquilo que sonhava, e pode ter dificuldade para adormecer outra vez.

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No terror noturno, via de regra, a criança não acorda imediatamente nem responde aos estímulos externos das pessoas ao redor para que se desperte.

Existe tratamento para o terror noturno?

O terror noturno faz parte do desenvolvimento cognitivo natural e pode se manifestar de maneira frequente ou não entre o primeiro ano de vida e a pré-adolescência. Ele quase sempre deixa de ocorrer espontaneamente, embora em alguns casos possa persistir até a idade adulta.

Episódios de terror noturno não costumam apresentar riscos para a criança e não têm tratamento específico, embora algumas medidas possam ajudar a evitar que eles se repitam – e tranquilizar os próprios pais. Se a criança tiver histórico de terror noturno que leva a movimentos estranhos, como o ato de se debater na cama, é recomendado ficar perto dela após adormecer para evitar que se machuque com algum objeto próximo.

Outra dica é investir na higiene do sono: manter hábitos de dormir em horas parecidas todos os dias, e com o sono por períodos equivalentes, além de limitar a exposição às telas antes de ir para a cama, são medidas que favorecem um adormecer mais tranquilo.

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Caso quadros de terror noturno sejam recorrentes, é bom ficar atento ao tempo que eles levam para se manifestar após a criança adormecer – despertá-las um pouco antes disso e fazê-las voltar a dormir na sequência ajuda a evitar que um episódio ocorra durante a noite.

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