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SBP lança campanha para diminuir mortalidade de recém-nascidos

Nascimento Seguro frisa a importância do pediatra no parto e de medidas simples que ajudam a garantir a saúde do bebê, mas nem sempre são praticadas.

Por Chloé Pinheiro
13 abr 2018, 12h20

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) apresentou nesta semana a campanha Nascimento Seguro, iniciativa que visa promover boas práticas durante o parto. O objetivo principal é reduzir a mortalidade neonatal no Brasil, que hoje é de 9,9 a cada mil nascidos vivos. Para se ter ideia, estamos na 108º colocação no ranking da Unicef, entidade da Organização das Nações Unidas (ONU), de melhores países para se nascer no mundo.

A própria Unicef calcula que até 80% dessas mortes poderia ser evitada com cuidados básicos, como a presença de mais profissionais treinados, acesso a insumos como água limpa e desinfetante, além de práticas como amamentação dentro da primeira hora, contato pele a pele entre mãe e bebê e boa nutrição.

No texto que anuncia a campanha, a SBP diz que a meta principal é conscientizar tanto gestores quanto profissionais de saúde e famílias sobre a importância da presença do pediatra na equipe que acompanha o parto, seja ele normal ou cesárea, especialmente no caso dos prematuros, que estão mais sujeitos às complicações. Mesmo antes disso, o especialista na saúde infantil deve ser escolhido e acionado já no pré-natal.

“O pediatra é o especialista que recebe o treinamento específico para cuidar da criança, por isso sua presença é indispensável”, explica Maria Albertina Santiago Rego, secretária do Departamento Científico de Neonatologia da SBP. Só que, com o tempo, ele foi sendo substituído por outros profissionais, como enfermeiros e médicos de outras especialidades, na assistência imediata ao recém-nascido”, completa a médica.

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Outro ponto importante destacado é que a desigualdade social impacta e muito na saúde do recém-nascido. Segundo a entidade, bebês de famílias mais pobres têm uma chance 40% maior de falecer do que os nascidos em famílias de maior renda. Cabe, portanto, também aos administradores da saúde pública garantir os recursos mínimos para o nascimento seguro, como leitos de UTI neonatal e itens de higiene e desinfecção.

Veja a seguir as recomendações da campanha:

 

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