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Retorno das aulas é debatido após 97 mil crianças testarem positivo no EUA

O aumento de 40% nos casos de coronavírus entre as crianças tem alertado pais e educadores sobre a volta à escola.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 10 ago 2020, 14h51 - Publicado em 10 ago 2020, 14h32

Com a preparação para o retorno às aulas nos Estados Unidos, de todas as faixas etárias, a Academia Americana de Pediatria em parceria com a Children’s Hospital Association revelou um dado importante: mais de 97 mil crianças foram infectadas pelo novo coronavírus nas duas últimas semanas de julho. 

O relatório analisou os casos entre os dias 16 e 30 julho, reportando um aumento de 40% entre as crianças – o número de que testaram positivo para a doença saltou de 241.904 para 338.982, representando 8.8% do total de infectados do país. A média é de 447 casos para 100.000 crianças.

O levantamento levou em consideração dados de 49 estados norte-americanos juntamente com os da cidade de Nova York, Washington DC e Porto Rico e Guam (territórios em que os cidadãos são considerados norte-americanos).

Já a faixa etária analisada variou de acordo com o estado, mas o escopo é amplo, com a maioria entendendo como criança aqueles que estão de zero a 17 ou 19 anos. Entretanto, tiveram exceções como o estado do Alabama, que  considera até os 24 anos, enquanto que Utah abrange até os 14 anos.

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Junto com os números que pedem atenção dos especialistas, outros reafirmam o que se sabe sobre crianças não serem os casos mais graves da doença. Dos 44 estados (mais a cidade de Nova York) que reportaram a doença no público infantil, conclui-se que elas são, no máximo, 0.8% dos casos que evoluem para óbito. Inclusive, 20 estados não tiveram nenhum relato de morte infantil.

Mesmo com o alívio de que as crianças tendem a desenvolver quadros mais leves da Covid-19, a atenção continua para a possibilidade delas transmitirem o vírus para quem está no grupo de risco, ainda que não apresentem nenhum sintoma. No âmbito escolar, a situação fica ainda mais delicada para os menores, que têm mais dificuldade para fazer o uso de máscara e manter o distanciamento social.

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