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Recém-nascidos não produzem lágrimas?

É normal que os cuidadores tenham a impressão de que o bebê não produz lágrimas, mas já adiantamos que isso é falso. Entenda a razão por trás desse mito

Por Valentina Bressan
28 set 2024, 07h00

A ideia de que bebês não produzem lágrimas é um mito. Mas dá para entender de onde vem essa ilusão: como os recém-nascidos podem passar mais de duas horas por dia chorando, era de se esperar que lágrimas estivessem constantemente escorrendo pelo rosto das crianças – o que não acontece.

Isso não significa, no entanto, que bebês sejam incapazes de produzir lágrimas. O corpo fabrica lágrimas desde o nascimento, mas elas não chegam a ser numerosas a ponto de deixar o rosto molhado. Na realidade, a preocupação maior deve ser quando o bebê está lacrimejando em excesso.

Por que bebês produzem poucas lágrimas?

Uma das principais funções das lágrimas é manter a hidratação e remover impurezas dos olhos. Como os bebês ficam de olhos fechados durante a maior parte do tempo, a necessidade de lubrificação é menor.

É normal que os bebês levem de uma a duas semanas depois de nascer para começar a produzir lágrimas. A partir dos três meses de idade, a quantidade de lágrimas expelidas ao chorar aumenta.

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Caso você continue sem ver lágrimas nos olhos do bebê quando ele chora a partir dos três meses de idade, vale levar essa questão para o pediatra. Se outros sintomas estiverem associados a essa situação, pode ser indicativo para investigar alguma condição de saúde.

E quando o bebê produz lágrimas em excesso?

Olhos constantemente lacrimejantes podem ser sinal de obstrução do canal lacrimal. A função dos dutos lacrimais é drenar as lágrimas dos olhos para o nariz – por isso, quando choramos, o nariz também costuma escorra.

É comum que os bebês nasçam com algum bloqueio no duto lacrimal. Em geral, a situação se resolve sem intervenção até o primeiro ano de idade.

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O excesso de lágrimas sem escoamento para o nariz pode fazer com que o bebê acorde com “casquinhas” ou descamação nos olhos. Nesses casos, pode ser necessário hidratar a pele do rosto e remover as secreções com algodão e água morna.

O bloqueio no duto lacrimal também pode aumentar o risco de conjuntivites. O ideal é ficar atento a esse tipo de situação e buscar o pediatra para ter orientações específicas sobre o caso do bebê. Se a obstrução não se resolver por si só, um tratamento para abrir o canal lacrimal pode ser feito.

Uma opção não invasiva que pode ser recomendada é fazer massagens no rosto do bebê para estimular a abertura dos dutos lacrimais. O pediatra deve dar instruções sobre a frequência e a forma das massagens. Em casos mais raros, uma cirurgia pode ser necessária para desobstruir o canal lacrimal.

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