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O bebê chegou em casa. E agora? As dicas da pediatra Alessandra Secco

A médica listou dúvidas comuns que os pais de recém-nascidos levam para ela no consultório. Veja as respostas!

Por Alessandra Secco
19 mar 2023, 14h00

O bebê chegou em casa. E agora? Esse questionamento ronda o pensamento de muitos pais, principalmente daqueles que não têm experiência em relação aos cuidados gerais com um recém-nascido. Dúvidas do tipo: “como troca a fralda?”, “usa ou não usa pomada?”, “passa álcool no umbigo ou não passa?” são alguns exemplos de perguntas comuns em consultas com o pediatra. Hoje, responderei algumas delas baseada, sobretudo, nas recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Como troca a fralda?

O uso de fraldas descartáveis ou de pano fica a critério dos pais, a partir do que acreditam ser o melhor individual e coletivamente. O mais importante é que a área da fralda seja checada com frequência e que a limpeza do local aconteça de forma delicada – de preferência com algodão úmido.

Se houver muitas fezes, pode-se optar pelo uso do sabonete líquido do próprio bebê para limpeza mais efetiva. Quanto aos lenços umedecidos, convém usá-los nos momentos de saídas rápidas, por serem mais práticos. Prefira aqueles que tenham o mínimo de conservantes possível e sem substâncias que gerem alguma irritação na pele macia do bebê, ou seja, livres de álcool, óleos essenciais, fragrâncias, sabão, etc. É importante secar a região depois.

Usa ou não usa a pomada?

As pomadas preventivas de assadura ajudam a manter a pele íntegra, livre de inflamação. As mais utilizadas geralmente são as que contêm óxido de zinco em sua composição. O uso é importante a cada troca de fraldas – mas, na ausência de fezes, não é preciso se preocupar em retirá-la totalmente, para não friccionar muito a pele, gerando lesão desnecessária.

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Troca-de-fralda-de-bebê
(petrunjela/Getty Images)

Passa álcool no umbigo ou não?

Essa é uma pergunta que deve ser individualizada para cada paciente. A resposta vai depender das condições em que o bebê está inserido. Se foi uma criança que nasceu em ambiente hospitalar, com todos os cuidados com o coto umbilical, a recomendação é mantê-lo limpo e seco, sem a necessidade de aplicar nada nele. Por outro lado, se o bebê nasceu em ambiente fora do hospital, em locais de maior risco de contaminação ou de alta taxa de mortalidade neonatal, deve ser utilizado um antisséptico, conforme orientação do pediatra em consulta.

Banho de sol para melhorar a icterícia: sim ou não?

Atualmente, a indicação é de que crianças menores de 6 meses não tenham essa exposição direta ao sol. A pele delas é bem fina e delicada, aumentando o risco de queimaduras e de câncer de pele. Além disso, o tratamento para controle da icterícia é feito com fototerapia e não com exposição solar, que agride muito a pele dos bebês. Importante lembrar que a orientação sobre a vitamina D deve ser iniciada já na primeira semana de vida, para não haver a necessidade de exposição ao sol por conta dela.

Como cortar a unha de um bebê tão novinho?

Essa situação causa aflição em muitos pais! As unhas devem ser sempre checadas para que os bebês não se arranhem e que elas não fiquem prendendo em roupas. O ideal é aproveitar o momento do sono, já que a criança, em geral, movimenta-se menos. Faça um corte reto e, caso haja necessidade, use uma lixa.

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Estas são algumas das dúvidas mais frequentes dos pais de recém-nascidos, mas é claro que surgem muitos outros questionamentos ao longo do tempo. Por isso, é fundamental ter um pediatra para orientar os primeiros cuidados e tudo relacionado ao bebê.

Alessandra Secco (@alessandraseccoped) é pediatra geral, com residência pela Rede D’Or São Luiz. Sempre apaixonada pela pediatria, preza pela qualidade do atendimento e escuta atenta aos familiares de seus pacientes. Atua no acompanhamento de crianças de todas as idades em consultórios no Rio de Janeiro (RJ) e São José dos Campos (SP).

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