3 hábitos do adulto que podem atrapalhar o desenvolvimento da fala do bebê
Especialista listou alguns comportamentos bem comuns que, segundo ela, pais e cuidadores devem evitar na comunicação com a criança
“Se você tem uma criança pequena entre 12 e 24 meses e está se perguntando por que ela não diz muitas palavras ainda, talvez você esteja cometendo um desses erros comuns”. É assim que a fonoaudióloga e terapeuta Moira Chrzanowski, especialista da plataforma Rooted in Language, começa um vídeo no TikTok que já conta com mais de 3 milhões de visualizações. Não é para menos, afinal, o desenvolvimento da fala do bebê é um tema que desperta muita curiosidade entre pais e cuidadores. Será que você aí tem alguma das atitudes citadas? Em geral, elas são inconscientes, mas acontecem. Vamos ver!
“Filho, diga…”
O primeiro comportamento rotineiro citado por Moira é o famoso “diga isso, diga aquilo, diga mamãe”… Ela explica que as chances de o pequeno repetir algo quando alguém exige isso dele são menores. Normalmente, os termos ainda são colocados fora de contexto e, portanto, ficam desprovidos de significado para a criança.
O mais indicado, de acordo com a especialista, é justamente contextualizar determinado vocábulo. Por exemplo, pegar a mão da criança, colocar no rosto do adulto e dizer: “Sou sua mamãe. Mamãe ama você”. Ou explicar hábitos do cotidiano inserindo o termo na conversa. “Mamãe vai trocar sua camiseta” é uma alternativa, segundo ela.
Adulto que fala como criança
Continuando o vídeo, Moira coloca na lista outro clássico: falar como uma criança. A gente sabe, às vezes é instintivo, no entanto, ela conta que tal comportamento, propositalmente mal articulado, pode prejudicar a capacidade do bebê de aprender novas palavras e novos sons.
A fonoaudióloga ressalta a diferença entre esse costume e o discurso dirigido à criança, que tem como característica a voz “cantada”, além de altos e baixos na entonação – isso, sim, positivo para o desenvolvimento da fala.
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Ela dá mais uma dica nesse sentido: caso seu filho use um termo próprio para se referir a alguma coisa, o melhor é que os pais não fiquem repetindo essa palavra. Se ele disser algo como “agu” ao pedir água, por exemplo, o conselho de Moira é que o adulto utilize o vocábulo correto, sem constranger a criança: “Você quer água? Que delícia sua água”. Dessa forma, o pequeno vai aprendendo a pronúncia certa.
Conversa que não se desenrola
Para completar, a especialista sugere que os cuidadores parem de repetir palavras únicas, como muitas crianças fazem. Como assim? Digamos que seu filho fale “tamião”. Você responde “caminhão”, e pronto. A recomendação é que se ajude na expansão do vocabulário, mais uma vez colocando o termo em um contexto. “Sim, caminhão! Caminhão azul. Um grande caminhão azul. Tchau, caminhão”, seria uma possibilidade de interação.
Para Moira, atitudes desse tipo ensinam e tornam o adulto “um companheiro de conversa mil vezes mais interessante”.
Nos comentários do post, várias pessoas se identificaram e elogiaram as dicas da expert. Houve até quem dissesse que já testou e deu certo!
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