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Livros: “A amiga Bruxa” é uma aliada (dos pais) no dia a dia com crianças

Jornalista Gabriela Metzker lança obra infantil com personagem que desafia e intriga os pequenos

Por Carla Leonardi
Atualizado em 27 dez 2022, 09h47 - Publicado em 21 dez 2022, 12h08

Tomar banho, comer vegetais, não brigar com as outras crianças… Para os pequenos, tarefas aparentemente simples podem ser bem desafiadoras, afinal, eles ainda estão conhecendo o mundo e testando todos os limites. Normal, né? Não é fácil entender, do alto dos três anos, por que é preciso parar a brincadeira para entrar embaixo do chuveiro ou por que o verdinho no prato é importante (e, cá entre nós – falando baixinho para as crianças não escutarem – a gente até entende todos esses porquês, mas vira e mexe escapa dos nossos próprios combinados com a vida adulta).

Foi depois de começar a lidar com as pequenas-grandes questões da maternidade que a jornalista Gabriela Metzker, natural de Santa Bárbara d’Oeste, no interior paulista, teve a ideia de criar uma personagem que a ajudasse no cotidiano com a filha, Lívia, que tinha quase dois anos. Assim, surgiu uma bruxinha meio debochada que vive querendo arrastar as crianças para a turma dela. Quando o irmão Benicio chegou, a feiticeira foi saindo de cena, mas se tornou um marco na família.

Gabriela Metzker, autora do livro, abraçando a filha no lançamento do livro. As duas estão sorrindo. Sobre a mesa, está o livro A Amiga Bruxa.
Gabriela e a filha, Livia, no lançamento de “A amiga Bruxa”, realizado na Livraria da Vila, em São Paulo, no dia 3 de dezembro (Renata Pitanga/Divulgação)

Transformando a ideia em livro

Dessa figura controversa, algum tempo depois, nasceu A amiga Bruxa, publicado pela Asinha, selo infantil da Editora Ases de Literatura. Lançado no último novembro, o livro é destinado a crianças de dois a quatro anos (mas nada impede que os grandinhos também se divirtam). A obra foi ilustrada por Junior Marques e traz páginas coloridas que retratam a pequena Lili, uma garotinha de marias-chiquinhas e meias amarelas, e a Bruxa, caracterizada com tudo a que tem direito – chapéu pontudo, botas de cano alto e uma inseparável vassoura.

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Na narrativa, vamos acompanhando a menina ao longo de um dia em que ela é questionada diversas vezes pela Bruxa sobre o que é ou não legal  fazer. Tomar banho é chato? Comer verduras e legumes é ruim? Passar a perna nos colegas é engraçado? A visão que Gabriela coloca no livro é curiosa, à medida que é a própria criança que explica por que a Bruxa não está dizendo coisas bacanas. A consciência vem dela mesma, que já aprendeu e sabe que não se trata de obedecer. “A mamãe não fala assim. Ela diz que aqui em casa todo mundo tem que colaborar, cumprir nossos acordos“, conta Lili. “A mamãe diz que o erro é uma chance para aprender. E eu fico com vontade de colaborar“, explica a pequena.

No fim de historinha, como era de se esperar, a Bruxa se percebe aprendendo com Lili e quem vai acabar mudando de turma, talvez, seja ela. Um exemplo de como a educação com respeito funciona e uma forma lúdica de falar com as crianças sobre escolhas e combinados.

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