Carta aos pais de meninos: criando filhos que respeitam mulheres
Educadora fala sobre a importância de educar os baixinhos de hoje para que, no futuro, sejam homens parceiros, que não perpetuem o machismo.
Mais do que nunca, o mundo caminha para a equidade de gênero. Eu, como mulher, vibro com cada uma de nossas conquistas, seja nos relacionamentos, seja no mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, sempre penso que nós, mães e pais de meninos, temos uma responsabilidade enorme com a formação de homens pró-feminismo, que respeitem suas companheiras mulheres sem perder a doçura. Educar o homem de amanhã para as lideranças femininas, para as esposas que trabalham, para as mulheres provedoras é ponto crucial para a mudança do mundo e um trabalho que eu levo muito a sério. Escrevo hoje às mães – e aos pais – que, como eu, educam esses homens do amanhã.
Queridos pais e mães,
Temos um compromisso com as meninas de hoje, futuras líderes, mães e esposas. Precisamos impedir que nossos filhos sejam contaminados pelo machismo. Educar os meninos, formar homens com outra visão de feminino é crucial para alcançar a real equidade de gênero.
Os meninos que participam das tarefas de casa, cozinham, lavam e passam aprendem também a compartilhar as tarefas. Por isso, não há mal algum em estimular seu pequeno a arrumar a própria cama, lavar a cuequinha no chuveiro, guardar a roupinha na gaveta etc. São pequenas responsabilidades que os fazem enxergar o quanto cada trabalho é importante para o bom funcionamento da casa. Se vierem a morar sozinhos, estarão melhor preparados; se vierem a casar, serão melhores parceiros para suas esposas.
Quando as meninas começarem a ligar, para desespero das mães ciumentas, vale ensinar ao seu filho que homens e mulheres são iguais em um relacionamento. A menina que toma a iniciativa merece respeito, a mais tímida também. A menina de minissaia merece respeito, a menina de calça também. Se seu filho assoviar para uma mulher na rua, diga a ele que nós nos sentimos constrangidas, desconfortáveis, frente a esse tipo de assédio. Quando os homens se comportam dessa maneira na rua, de certa forma limitam nosso direito de ir e vir, cerceiam nossa liberdade. Seu filho precisa saber disso.
Enviar flores, abrir a porta do carro, ceder a vez são atitudes que revelam cortesia, afeto – e não supremacia. As meninas de hoje, as mulheres de amanhã, não aceitarão nada menos que isso. Elas estão sendo preparadas para assumir presidências. Além de carinho e afeto, buscam companheirismo. Vamos preparar nossos filhos para essa nova mulher em construção. Em tempos de empoderamento feminino, nossos filhos precisam ser “bons partidos”.
É educadora infantil e mãe de Bento, de 2 anos, e de Joaquim, de 1. É formada em Letras pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e tem pós-graduação em Gestão e Educação. Trabalhou na Escola Britânica do Rio de Janeiro e na Chapel School, em São Paulo. Hoje está no comando do berçário Toddler Desenvolvimento Infantil
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