Sabe quando você tem uma amiga muito, muito querida e que mora em outro continente, vocês ficam 10 anos longe e, quando se encontram, é como se nunca tivessem passado um dia sem conviver? Esse é o tipo de dindagem que imagino para os meus afilhados – não que eu vá passar mais do que algumas semanas sem vê-los, claro.
Acredito que, para ter esse sentimento de “estou sempre aqui, mesmo que a gente more a milhares de quilômetros de distância”, o primeiro passo é ter um interesse genuíno pela criança. E, sim, eu sei que todo mundo adora os seus afilhados, mas estou falando de enxergar a criança como uma pessoa única, uma relação que vai além do sentimento de carinho que nutrimos pelos pais deles.
Falo de conhecer os gostos, saber o que incomoda, do que o pequeno tem medo, qual a comida preferida no mundo inteiro, saber como seria um dia perfeito de pura diversão e por aí vai. Claro que essa proximidade não surge de um dia para o outro. É, como em qualquer relação, uma construção. E é dessa conexão que nasce a confiança, a sensação de convivência mesmo sem se ver com tanta frequência. Daí tende a surgir a afinidade e vocês começam a descobrir gostos parecidos, seja por algum petisco, um filme ou um programa de domingo.
Muita gente acha que ser dinda é saber o dia do aniversário da criança na ponta da língua e mandar um presentão nas festinhas. Não. Ser madrinha, para mim, é um cargo de alta confiança e eu me dedico para que os meus afilhados enxerguem em mim uma pessoa com a qual podem contar sempre, independentemente do motivo e da distância.
Como é por aí, quais são as estratégias para ser uma madrinha presente?
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