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Fertilidade em alta

Por Coluna
Dr. Maurício Chehin é doutor, médico colaborador do setor integrado de reprodução humana da Unifesp-EPM e especialista do Grupo Huntington, de São Paulo
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Infertilidade dos casais: saiba quais são as principais causas

Médico fala sobre o problema que afeta cerca de um em cada dez casais em idade fértil no Brasil e sinaliza quando é necessário procurar ajuda.

Por Da Redação
Atualizado em 28 jun 2018, 17h28 - Publicado em 28 jun 2018, 17h03

Muitos casais sonham em ter filhos, mas desconhecem que podem ser inférteis. Apesar da enorme quantidade de informações disponíveis na internet, a falta de conhecimento sobre o problema – e também as suas causas – ainda é grande. A infertilidade é definida como a ausência de gravidez após 12 meses de relações sexuais regulares sem uso de métodos anticoncepcionais.

A espera de um ano é o tempo suficiente para procurar um médico especialista e realizar os exames necessários. A questão atinge cerca de um a cada dez casais em idade fértil no Brasil e estima-se que aproximadamente dois milhões de casais venham a apresentar algum tipo de dificuldade ao longo de suas vidas reprodutivas.

A sociedade costuma culpar as mulheres, mas isso não passa de um mito. Das causas de infertilidade, 35% são relacionadas a fatores femininos, 35% a fatores masculinos, 20% caracterizadas pela infertilidade combinada do casal e, ainda, em 10% não é possível identificar a razão.

Os fatores femininos para a infertilidade podem estar relacionados com problemas na ovulação, endometriose e alterações tubárias ou no útero. Já os masculinos podem ser por problemas na formação, no transporte ou na ejaculação dos espermatozoides. Ainda que na maioria dos casais seja possível identificar as principais causas do problema, em outros – mesmo após uma investigação completa – não é possível encontrar o motivo específico para a impossibilidade de ter filhos.

O relógio biológico também deve ser levado em consideração. Para as mulheres, a qualidade e a quantidade de óvulos produzidos diminui depois dos 35 anos, fazendo com que as chances de engravidar também sejam menores. Além disso, pessoas com histórico de infertilidade na família ou que precisaram fazer quimioterapia ou radioterapia também correm um risco maior.

Para identificar a infertilidade nas mulheres podem ser realizados diversos tipos de exames. Avaliação da ovulação, estudo das tubas e do útero são os principais. Já a endometriose é diagnosticada por meio de exames de imagem e de sangue. Nos homens, o procedimento mais comum é o espermograma.

Graças aos avanços da reprodução humana, existem diferentes técnicas e procedimentos disponíveis para o tratamento da infertilidade. Algumas delas são a indução da ovulação feita por meio de medicamentos; inseminação artificial ou fertilização in vitro; injeção intracitoplasmática de espermatozoide, em que um único espermatozoide especialmente selecionado é injetado em cada óvulo disponível (ICSI); a ovodoação; e o congelamento de óvulos ou embriões (criopreservação).

Ser mãe ou pai é uma questão muito sensível para algumas pessoas. Por isso, o acompanhamento médico quando se inicia a investigação das causas da infertilidade é fundamental para aumentar as chances de sucesso de uma gravidez natural ou por meio de tratamentos. Opções de procedimentos não faltam, quando acompanhados de um especialista em reprodução assistida, para que o casal conquiste a possibilidade de escolher seu futuro.

 

Dr. Maurício Chehin

É doutor, médico colaborador do setor integrado de reprodução humana da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM) e especialista do Grupo Huntington, de São Paulo

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