Amamentação chegando ao fim? Veja como tornar o desmame mais fácil para mãe e bebê

Entenda como lidar com a chegada dessa nova fase e como lidar com os sentimentos da criança e da mãe

Por Redação Pais e Filhos
9 ago 2025, 07h00
Amamentação é Contraceptivo Natural ?Posso Engravidar Enquanto Amamento?
 (Mehmet Kirkgoz/Pexels)
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A experiência de amamentar um bebê é cheia de descobertas e ajustes, desde encontrar a posição mais confortável até reconhecer os sinais de que o bebê está satisfeito. Mas, assim como o início, o momento de encerrar essa fase também pode gerar dúvidas e inseguranças. O fim da amamentação representa uma transição importante tanto para a criança quanto para a mãe, e costuma vir acompanhada de receios: será que meu filho vai se alimentar bem? E o vínculo afetivo, vai mudar?

A vontade da mãe é o primeiro passo

Não existe uma fórmula única para o desmame. Cada mãe, com sua realidade e vínculo com o bebê, encontra o caminho mais adequado. O mais importante é que a decisão de parar de amamentar parta de um desejo firme e consciente. Quando a mãe está segura, o processo tende a fluir melhor, os bebês percebem essa segurança e respondem com mais tranquilidade. Em contrapartida, quando a amamentação continua apenas por obrigação ou insegurança, o momento pode se tornar mais desgastante do que acolhedor.

A amamentação vai muito além da nutrição: ela também representa afeto, conexão e acolhimento com o bebê. Por isso, a continuidade dessa prática após o retorno ao trabalho, por exemplo, deve fazer sentido emocionalmente e não causar sofrimento. Quando a mamada deixa de ser um momento prazeroso, pode ser hora de repensar. O desmame respeitoso começa justamente no momento em que a mãe se permite olhar para si e reconhecer seus próprios limites.

Quando e como fazer o desmame

Organizações de saúde recomendam que a amamentação seja exclusiva até os seis meses de vida do bebê e que continue, junto com a introdução de alimentos, até pelo menos os dois anos. Após esse período, cabe à mãe, em sintonia com o bebê, decidir qual o melhor momento de encerrar.

O bebê costuma mostrar sinais de que está pronto: menor interesse pelo seio, mais curiosidade pelos alimentos sólidos e períodos mais longos sem mamar. O desmame ideal é feito de forma gradual, substituindo uma mamada por outra fonte de alimentação e dando tempo para que ambos se adaptem antes de fazer novas substituições. Essa transição deve sempre contar com o acompanhamento do pediatra, garantindo que a nutrição da criança continue adequada.

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E quando a amamentação se estende por anos?

Nos últimos tempos, a amamentação prolongada se tornou tema de debates. Para algumas famílias, continuar amamentando por mais de dois anos é uma escolha que promove segurança, afeto e bem-estar. Para outras, o prolongamento pode trazer desafios, como a dificuldade em introduzir outros alimentos ou em estimular a autonomia da criança.

O importante é entender que cada família tem um ritmo e que não há certo ou errado. No entanto, quando a amamentação se estende por muito tempo, é fundamental observar se ela ainda está trazendo benefícios reais ou se passou a impedir a evolução natural da criança, como o ganho de independência, a ampliação das experiências sociais e alimentares, e o fortalecimento da presença de outras figuras cuidadoras.

Por que o leite materno é tão importante

Nos primeiros meses de vida, o leite materno é insubstituível. Ele contém todos os nutrientes, proteínas, gorduras e anticorpos que o bebê precisa para crescer com saúde e se proteger contra infecções. O colostro, que é o primeiro leite, tem uma composição ainda mais especial, adaptada às necessidades do recém-nascido.

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Por isso, os primeiros seis meses de amamentação exclusiva são altamente recomendados. Após esse período, mesmo com a introdução de outros alimentos, o leite continua sendo uma fonte importante de nutrição e conforto emocional.

O desmame pode ser um processo natural, sem traumas, quando é feito com carinho, paciência e atenção às necessidades físicas e emocionais envolvidas. O mais importante é que, em todas as fases, a mãe esteja conectada consigo mesma e com o bem-estar do seu filho.

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