Crianças podem comer comidas cruas?

Dos vegetais ao sushi, veja quais cuidados são necessários na alimentação dos pequenos

Por Clarice Sena
30 out 2024, 07h00

Ao elaborar a alimentação das crianças, é necessário dedicar uma atenção especial às necessidades nutricionais na infância. Por isso, é natural se perguntar se as crianças podem comer comidas cruas, afinal, nem tudo que um adulto está preparado para consumir pode fazer bem para uma criança.

Além da higiene adequada do que será consumido, é preciso atentar-se ao preparo e à procedência dos alimentos. Então, a primeira orientação neste sentido é que pelo menos nos primeiros anos de vida os alimentos devem estar sempre cozidos.

Introdução alimentar não substitui aleitamento materno

Até os 2 anos de idade o leite materno atende todas as necessidades dos bebês, podendo ser mantido até por mais tempo. Além disso, nos primeiros meses de vida o sistema imunológico e o trato gastrointestinal dos bebês estão em fase de maturação e por isso não têm capacidade de digerir certos alimentos.

Carnes, leguminosas, tubérculos e frutas podem começar a ser introduzidos de forma lenta e gradual após os 6 meses de vida, de preferência em consistência pastosa como em papinhas e purês. Isso só começa a mudar quando a criança entra no período pré-escolar, dos 2 aos 6 anos, e inicia uma fase de transição na qual é necessário criar certos hábitos alimentares.

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3 anos: hora de conhecer novos alimentos

Com 3 anos de idade, todos os primeiros dentes de leite já apareceram. É aí que as crianças podem começar a ingerir alimentos diversificados em diferentes texturas, o que auxiliará na maturação do sistema digestório e da saúde bucal. Neste sentido, a mastigação se torna uma atividade importante para fortalecer os músculos da face e a mordida. Para isso, podem ser oferecidos mais hortaliças cruas e alimentos inteiros.

Por outro lado, comidas com carnes cruas tais como sushi, quibe, bife tártaro, salame e afins devem ser totalmente evitados até os 12 anos de idade. Isto porque os sistemas imunológico e o digestivo das crianças ainda não estão preparados para se defender de uma contaminação.