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Volta às aulas de cabeça limpa: saiba tudo sobre piolhos

Saiba o que são os piolhos, como se dá a transmissão, quais as melhores formas de tratar e o que acontece sem tratamento

Por Clarice Sena
10 ago 2024, 07h00
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Piolhos se alimentam de sangue humano e, ao morder a pele das crianças, liberam substâncias que provocam a coceira intensa (Freepik/Reprodução)
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Quando as crianças coçam a cabeça repetidamente, um alerta se acende: podem ser piolhos! Esses bichinhos que atacam o couro cabeludo são parasitas chamados Pediculus humanus, que dão nome para a doença parasitária causada pela sua infestação, a pediculose. O contágio é mais comum em ambientes escolares de crianças entre 3 e 12 anos, especialmente entre as meninas, devido ao maior comprimento dos cabelos e ao compartilhamento de pentes ou escovas.

Os piolhos são insetos que se alimentam exclusivamente de sangue humano e durante a sua mordida, liberam substâncias através da saliva que fazem com que os indivíduos não sintam a sua presença, mas que posteriormente causam coceira intensa. Esse prurido pode ocasionar ferimentos que deixam a pessoa exposta a foliculite, o aparecimento de gânglios e outras reações alérgicas, além de infecções como o impetigo. Os bichinhos não possuem asas, portanto não têm a capacidade de voar, e diferente das pulgas, não conseguem pular.

Como a infestação de piolhos acontece?

Por se tratar de um parasita, é importante observar o seu ciclo de vida para evitar a infestação. Primeiro, a fêmea do piolho deposita os ovos no couro cabeludo, chamados de lêndeas. Envoltos numa espécie de cola, as lêndeas ficam presas aos fios de cabelo e, num período de sete dias a três semanas ocorre a incubação. Entre nove e doze dias, os ovos eclodem e os piolhos vão evoluindo até a fase adulta, quando vivem por cerca de trinta dias e se reproduzem, reiniciando este ciclo. Enquanto houver ovos nos cabelos, novas infestações podem acontecer.

Diferente do que se imagina, a presença dos piolhos não está relacionada à falta de higiene nos cabelos. O principal motivo para a proliferação é o contato direto entre pessoas e o compartilhamento de itens infectados, como bonés, chapéus, roupas, pentes e escovas, entre outros. Ambientes quentes e úmidos são os preferidos desses insetos que podem sobreviver por até dez dias em objetos contaminados.

Tratamento e medidas contra os piolhos

Para iniciar o tratamento, o ideal é consultar um médico para confirmar se a coceira na cabeça realmente é causada pelo inseto ou por outros motivos. O profissional saberá indicar se xampus e loções específicas são o suficiente ou se o paciente deve utilizar medicação oral. A presença do piolho pode ser confirmada pelo exame do couro cabeludo para identificar a presença de lêndeas e do próprio piolho. A partir daí, deve-se utilizar um pente fino no cabelo molhado para retirá-los. Se a ação do pente não for eficaz, a retirada deve ser feita manualmente, já que o xampu sozinho não é capaz de remover as lêndeas.

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Se uma criança estiver com piolhos, a escola frequentada por ela deve ser comunicada para que todos adotem tratamentos e medidas preventivas. A fim de evitar a propagação, objetos pessoais, vestimentas e roupas de cama devem ser higienizados frequentemente, de preferência com água quente.

Em caso de contaminação no ambiente escolar, também é necessário comunicar à criança para que evite compartilhar objetos de uso pessoal corriqueiro, especialmente os que possam estar em contato com a cabeça, como prendedores de cabelo e outros acessórios. Caso uma criança não seja tratada adequadamente, todas as outras crianças permanecem sob risco de serem infestadas novamente. Mesmo quando os piolhos já tenham sido eliminados, deve-se examinar o cabelo periodicamente. Feridas causadas pela coceira podem permanecer por duas semanas após um tratamento bem-sucedido.

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