Útero bicorno: causas, impacto na gestação e o que fazer para tratar

A malformação uterina que cria duas cavidades no órgão dificulta a gravidez

Por Redação Pais e Filhos
12 fev 2025, 17h00
Mulher em hospital, usando roupa hospitalar, deitada e com as duas mãos sobre a barriga. Há um filtro vermelho sobre a foto.
 (Arte: Bebê.com.br / Foto: Cavan Images/Getty Images)
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A gravidez é um momento de mudanças intensas e expectativas, mas também pode ser cercada de desafios. Para mulheres que já enfrentaram abortos espontâneos ou têm dificuldade para engravidar, entender os fatores que podem influenciar a gestação é fundamental. Um desses fatores é o útero bicorno, uma condição que pode reduzir em até 25% as chances de engravidar e aumentar os riscos de perda gestacional.

O que é útero bicorno?

O útero bicorno é uma malformação uterina que ocorre durante o desenvolvimento do feto feminino no útero da mãe. Durante o período de formação do aparelho reprodutor, os ductos de Müller, responsáveis por formar o útero, não se fundem completamente, resultando em um órgão com duas cavidades, uma geralmente maior que a outra. Essa anormalidade é uma das causas de infertilidade e pode aumentar em até 33% o risco de aborto espontâneo.

Essa condição interfere diretamente na capacidade do útero de sustentar uma gestação. A implantação do embrião em uma das cavidades pode ser determinante para o sucesso ou não da gravidez.

Como identificar o útero bicorno?

Muitas mulheres não sabem que possuem útero bicorno até enfrentarem dificuldades para engravidar ou repetidas perdas gestacionais. Por isso, o diagnóstico depende de exames que avaliam a anatomia uterina. Entre os mais indicados estão:

  • Ultrassom transvaginal: um exame de imagem que fornece informações detalhadas sobre o formato e a estrutura do útero.
  • Ressonância magnética: utilizada para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão da malformação.
  • Histeroscopia: um procedimento em que uma câmera é inserida no útero para visualizar diretamente a cavidade.
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Após o diagnóstico, o acompanhamento médico é essencial para planejar o tratamento e monitorar futuras tentativas de engravidar.

Como tratar o útero bicorno?

A única forma de corrigir o útero bicorno é por meio de cirurgia. O procedimento consiste na remoção do septo que divide as cavidades uterinas, aumentando o espaço disponível para o desenvolvimento do bebê.

Embora a cirurgia seja eficaz, ela pode trazer complicações, como a formação de aderências uterinas, que também podem dificultar a gravidez. Por isso, o acompanhamento com um especialista é indispensável tanto antes quanto depois da intervenção.

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Além disso, durante a gestação, mulheres com útero bicorno podem precisar de cuidados adicionais, como o procedimento de cerclagem uterina. Essa técnica, que envolve o fechamento do colo do útero com pontos, é utilizada para evitar partos prematuros em mulheres com incompetência istmo-cervical, uma condição frequentemente associada ao útero bicorno.

Por que o útero bicorno dificulta a gestação?

O útero bicorno pode dificultar a gravidez por diversos motivos. Durante a implantação, o embrião pode se fixar na cavidade menor, que oferece menos espaço e suporte para o desenvolvimento da gestação. Isso pode levar a abortos espontâneos ou partos prematuros.

Além disso, o formato irregular do útero pode interferir na circulação sanguínea e no crescimento do bebê. Essa condição exige acompanhamento contínuo por parte do obstetra para garantir o melhor desfecho possível para a mãe e o bebê.

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Esperança e cuidado para mães com útero bicorno

Apesar das dificuldades, o útero bicorno não significa que uma gravidez saudável seja impossível. Muitas mulheres com essa condição conseguem levar uma gestação adiante, especialmente com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

O mais importante é buscar orientação médica assim que houver sinais de dificuldade para engravidar ou após um aborto espontâneo. Com acompanhamento especializado, é possível minimizar os riscos e aumentar as chances de realizar o sonho da maternidade.

Consultoria: Dr. Rodrigo Rosa, ginecologista e especialista em reprodução humana

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