Tudo sobre epilepsia e gravidez: cuidados médicos e tratamento para gestantes com epilepsia
Orientação médica e tratamento são as melhores formas de viver a epilepsia na gestação

Mulheres com epilepsia enfrentam desafios adicionais, tanto no momento de engravidar quanto durante a gestação, mas, com o acompanhamento médico adequado, é possível ter uma gravidez tranquila e saudável. É necessário aumentar a compreensão sobre o transtorno neurológico e desmistificar algumas das dúvidas mais comuns a respeito da condição, especialmente em relação à gravidez.
O que é epilepsia?
A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por crises, que são episódios de atividade elétrica anormal no cérebro. Essas crises podem ocorrer em qualquer momento e sem causa imediata aparente, como traumas ou doenças. As crises podem ser tanto generalizadas, afetando o cérebro inteiro, quanto focais, quando afetam uma parte específica do cérebro.
Epilepsia na gravidez
Para as mulheres que têm epilepsia e desejam engravidar, a boa notícia é que, com os cuidados médicos certos, a condição não impede a gravidez. Embora a epilepsia não seja um obstáculo para a gravidez, é crucial que a mulher faça ajustes nos cuidados e nas medicações antes e durante a gestação. O ácido fólico, por exemplo, deve ser tomado com mais atenção, já que ele é importante para o desenvolvimento saudável do bebê, especialmente se a mulher usa certos medicamentos.
Tratamento e medicação durante a gravidez
As mulheres com epilepsia devem contar com o acompanhamento de um neurologista e um ginecologista durante a gravidez. O tratamento medicamentoso é necessário, mas ele deve ser personalizado, levando em consideração o tipo de epilepsia da paciente e os riscos da medicação para o bebê. É importante que as gestantes sigam o plano de tratamento com rigor e realizem visitas regulares ao médico para garantir a segurança tanto da mãe quanto do bebê.
É possível engravidar com epilepsia?
A epilepsia não é um impeditivo para a mulher engravidar, mas pode exigir alguns ajustes durante o planejamento. O acompanhamento médico é essencial para otimizar as chances de uma gestação tranquila e saudável. A mulher deve avisar ao médico sobre a gravidez com antecedência para que ele possa ajustar a dose de medicamentos e garantir que não haja risco para o bebê.
Riscos da epilepsia para a gestante e o bebê
Embora a maioria das mulheres com epilepsia tenha uma gravidez saudável, a condição pode representar alguns riscos, como quedas e traumas em caso de crises com perda de consciência. No entanto, com o tratamento adequado e o acompanhamento de um médico, esses riscos podem ser minimizados. O uso correto da medicação e o controle das crises ajudam a garantir que a gestação seja segura e o bebê tenha um bom desenvolvimento.
Epilepsia na maternidade: histórias inspiradoras
Casos como o da atriz Laura Neiva, que tem epilepsia desde a adolescência, mostram que é possível ser mãe e viver bem com a condição. Laura contou em suas redes sociais que, durante sua gestação, precisou tomar medicamentos para controlar as crises, mas que seguiu a gravidez com orientação médica. Outro exemplo é o da influenciadora Camila Coelho, que compartilhou seu dilema sobre como a medicação necessária para controlar suas crises aumentava os riscos de anomalias congênitas, mas também era essencial para garantir sua saúde e a do bebê.
Como ter uma gestação tranquila com epilepsia
O segredo para uma gravidez tranquila com epilepsia está em planejar com antecedência, procurar orientação médica especializada e seguir as orientações de tratamento. A maioria das mulheres com epilepsia tem uma gestação tranquila, com um acompanhamento contínuo de seus médicos. Além disso, o apoio emocional e uma rede de suporte são importantes para ajudar a mulher a lidar com as possíveis dificuldades.
Em resumo, a epilepsia não é um obstáculo intransponível para a maternidade. Com o devido cuidado médico e apoio especializado, mulheres com epilepsia podem ter uma gravidez saudável e segura para elas e para seus bebês. O mais importante é sempre procurar orientação médica antes de engravidar e ao longo de toda a gestação.
Consultoria: Vinicius Spazzapan, neurologista e especialista em epilepsia e Dr. Igor Padovesi, ginecologista e obstetra