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Tatuagem na gravidez: os perigos do procedimento

Prática põe em risco tanto a mãe quanto o bebê e pode causar a transmissão de doenças, além de prejudicar o desenvolvimento do feto

Por Gabriel Bortulini
13 set 2024, 17h00

Durante a gravidez, o sistema imunológico da gestante geralmente fica mais vulnerável devido às diversas alterações no corpo. Esse é um dos principais motivos pelos quais as tatuagens são contraindicadas nesse período: os riscos de infecções aumentam, principalmente se o material utilizado não for descartável ou esterilizado corretamente. As gestantes também podem desenvolver alergias ou outras reações à própria tinta utilizada.

Essa negligência também pode causar outros tipos de problemas. Entre elas, a transmissão de doenças, como as hepatites B ou C ou o vírus HIV.

A própria tinta utilizada na tatuagem pode conter metais pesados como mercúrio, chumbo e até arsênio. Esses e outros elementos podem interferir na gravidez e prejudicar o desenvolvimento do bebê.

Riscos até para quem está acostumada

A própria dor durante a tatuagem pode gerar complicações na gravidez, mesmo que a gestante esteja acostumada ao processo e seja resistente à dor. A diminuição da pressão arterial é comum durante o procedimento e pode influenciar na circulação sanguínea do bebê — inclusive atrasando seu desenvolvimento.

Não se descarta também o risco de um parto prematuro por conta da dor, a depender do tempo de gestação.

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É importante ressaltar que esses riscos independem do profissional que realiza o procedimento: mesmo que seja um tatuador de extrema confiança, há certas complicações que fogem ao seu controle.

Depois do parto a tatuagem está liberada?

Para quem esperou nove meses, talvez precise esperar mais um pouco.

Os médicos recomendam que uma nova tatuagem só seja feita após o período de amamentação. Isso porque os compostos químicos da tinta podem ser passados da mãe para o bebê por meio do leite materno.

Fiz a tatuagem e só depois descobri a gravidez: o que fazer?

Caso você tenha feito uma tatuagem recentemente, o primeiro passo é procurar a orientação médica. Dependendo da situação e de quão avançada está a gestação, o obstetra pode solicitar exames para verificar se houve algum tipo de infecções que devam ser tratadas. De qualquer forma, evite fazer qualquer tipo de intervenção posterior na área tatuada, para minimizar os riscos.

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