Sem traumas: dicas para tornar a vacinação mais tranquila para seu filho
Saiba como transformar a vacinação em um momento mais calmo para seu bebê

Muitos pais e mães sentem-se apreensivos na hora de levar o bebê para tomar vacinas. A famosa “picadinha” pode gerar preocupação e até um pouco de culpa. No entanto, especialistas alertam que o nervosismo dos adultos pode afetar negativamente a experiência da criança. É essencial que quem acompanha o bebê na vacinação esteja tranquilo e seguro.
Antes da picada: preparação emocional
O momento da vacinação começa antes mesmo da aplicação. Para que o bebê se sinta mais calmo, é importante que os pais também estejam relaxados. A criança sente quando os adultos estão tensos, o que pode deixá-la mais agitada.
No dia, lembre-se de levar a caderneta de vacinação e os documentos necessários, além de manter a calma. O ideal é que o bebê esteja no colo da mãe ou do pai, recebendo calor e aconchego. Durante a aplicação, segure o bebê firme, mas com cuidado. Isso é importante para evitar movimentos bruscos que possam atrapalhar o procedimento e causar mais desconforto.
O que esperar após a vacinação
Depois da aplicação, é comum que o bebê chore por cerca de três minutos, diminuindo gradualmente. Nesses momentos, colo e carinho são fundamentais para acalmar a criança. Segundo o médico, o bebê busca voltar a condições similares às que vivia dentro do útero: um ambiente calmo, quente e confortável.
Algumas estratégias para aliviar o desconforto incluem:
- Colocar o bebê numa posição lateralizada ou de bruços e balançá-lo suavemente.
- Envolver o bebê em um pano aconchegante para transmitir segurança.
- Cantar ou falar em tom calmo para distraí-lo.
- Amamentar, o que ajuda a reduzir o estresse e acalmar rapidamente.
Cuidados com o pós-vacinação
Nas 72 horas após a aplicação, o bebê pode apresentar irritação, sensibilidade no local da picada e, em alguns casos, febre baixa ou alterações no apetite. Isso é normal e não deve ser motivo de preocupação.
Para aliviar esses sintomas, compressas frias podem ser aplicadas no local da vacina, mas evite compressas quentes, que podem agravar o processo inflamatório. Também não é recomendado administrar medicamentos como o Paracetamol sem orientação do pediatra, pois pode interferir na eficácia de algumas vacinas.
Crianças maiores: como lidar com o medo
Para crianças mais velhas, a experiência de vacinação será influenciada por vivências anteriores. Caso tenham passado por momentos traumáticos, elas podem resistir mais. Por isso, desde cedo, é importante que os pais tratem a vacinação com naturalidade e transmitam segurança.
No dia da vacina, converse com a criança sobre o que vai acontecer. Explique que pode doer um pouco, mas que é algo rápido e importante para a saúde dela. Se possível, evite levar muitos acompanhantes, como avós ou irmãos, para não aumentar a ansiedade.
Se os pais não se sentirem confiantes para segurar a criança com firmeza, vale pedir a ajuda de um profissional de saúde. A tranquilidade e a organização no ambiente da vacinação fazem toda a diferença.
O papel do aconchego
O toque, o colo e a presença próxima dos pais são fundamentais para tornar o momento da vacinação mais tranquilo. Estudos apontam que o contato físico reduz o nível de estresse e ajuda a criança a se sentir segura, mesmo diante do desconforto.
Ao longo dos primeiros anos de vida, os bebês passarão por diversas etapas de vacinação. Criar um ambiente acolhedor desde o início contribui para que essa experiência se torne mais tranquila com o tempo.
Consultoria: Ricardo Cunha, médico sanitarista