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Quais remédios levar para viagens com crianças

Médicos explicam o que considerar antes de dar medicamentos por conta própria aos filhos e o que não pode faltar na mala. Veja as dicas!

Por Chloé Pinheiro
28 dez 2017, 16h58

Viajar em família é uma delícia e melhor ainda é não tomar nenhum susto. Por isso, muitos pais carregam uma farmácia particular para os pequenos. Alguns remédios são, é claro, úteis. Mas é preciso cuidado para escolher o que comprar e, especialmente, quando usar.

“O ideal é levar certos medicamentos para emergências, até que a criança receba auxílio médico se for preciso, mas a automedicação não deve ser estimulada“, alerta o pediatra Victor Horácio, do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba.

Veja abaixo as recomendações dos médicos sobre algumas categorias famosas, mas converse bem com o pediatra do seu filhote antes de arrumar o nécessaire.

Analgésicos e antitérmicos

Dipirona e paracetamol são os mais comuns. Considerados seguros, eles podem ser utilizados quando a criança se queixa de dor ou febre, mas fique de olho na evolução do quadro. “Se a febre não baixa cerca de vinte minutos depois de tomar o medicamento, é melhor procurar atendimento médico”, orienta Horácio.

Para estômago e intestino

As mudanças na dieta que geralmente ocorrem nas férias podem bagunçar a digestão dos pequenos. Princípios ativos como a simeticona, por exemplo, aliviam gases e cólicas e entram na mala caso sejam necessários.

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Já se a diarreia surgir, antes de apelar aos remédios, invista na hidratação. “Na presença de vômitos, diminua a quantidade e aumente a frequência da ingesta de líquidos”, explica Horácio.

Para o caminho

No avião, é comum ter ter dor de ouvido. “O pediatra pode indicar remédios de uso local à base de xilocaína, que aliviam a situação”, comenta Mariane Franco, pediatra presidente do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Já no carro ou no barco, algumas crianças enjoam. “Nesse caso, costumamos recomendar bromoprida ou cloridrato de piridoxina, cerca de trinta minutos antes de começar a viagem”, explica a médica.

Antialérgicos

Picadas de inseto podem desencadear reações, mas o antialérgico não deve ser administrado por conta própria. “O ideal é perguntar para o pediatra, que avalia o histórico da criança para prescrever o remédio certo”, ensina Mariane.

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Algumas pomadas têm princípios ativos que aliviam o inchaço local e o incômodo das picadas. Só use remédios se o ocorrido gerar desconforto e irritabilidade na criança.

Antibióticos

Não leve! “As infecções bacterianas podem ser confundidas com as virais, então se suspeitar do quadro, procure o serviço de emergência mais próximo para identificar o melhor tratamento”, expõe Mariane.

Kit de primeiros socorros

Além dos medicamentos em si, monte uma caixinha com gaze, esparadrapo, antisséptico e álcool 70%. Se a criança se machucar, limpe a área com água e sabão e só use o álcool se não houver lesões na pele, como cortes e ralados.

Não é bem remédio, mas…

Não se esqueça do protetor solar, que só pode ser usado depois dos 6 meses de vida, e dos repelente específicos para os pequenos, que costumam ser indicados pelos especialistas apenas após os 2 anos de idade.

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