Refluxo em bebês: o que causa e como identificar os sintomas

Saiba como lidar com refluxo do bebê e quando buscar ajuda especializada em cenários complexos

Por Redação Pais e Filhos
12 jul 2025, 07h00
Refluxo em bebês: Conheça os sinais de alerta e saiba como lidar
Refluxo em bebês: Conheça os sinais de alerta e saiba como lidar (Georgijevic/Getty Images)
Continua após publicidade

Nos primeiros meses de vida, é bastante comum que os bebês devolvam pequenas quantidades de leite após as mamadas. Esse retorno do alimento do estômago para o esôfago, e às vezes, até a boca, costuma acontecer logo depois da alimentação, mas também pode surgir algum tempo depois, em forma de golfadas ou pequenas regurgitações.

Embora cause dúvidas e até preocupações nos pais, esse tipo de refluxo geralmente faz parte do desenvolvimento normal do bebê. Entender como ele acontece e quando pode ser um sinal de alerta ajuda a lidar com a situação com mais tranquilidade, proporcionando mais segurança nos cuidados diários.

O fluxo digestivo natural na primeira infância

Este tipo de conteúdo digestório é encarado como um estágio natural no amadurecimento dos pequenos, afetando aproximadamente metade das crianças. Segundo a perspectiva de médicos especializados em pediatria e neonatologia, esta condição, que faz parte do funcionamento orgânico normal, tende a diminuir de maneira significativa com o avanço da idade do ser humano em desenvolvimento. 

Um momento fundamental que contribui para essa diminuição é a introdução de nutrição com maior consistência na dieta diária, processo que costumeiramente acontece quando a criança atinge os seis meses de idade. A base para essa ocorrência reside na falta de maturação de um dispositivo regulador localizado na porção terminal do canal alimentar. Esse mecanismo de controle, com o passar do tempo, adquire sua completa funcionalidade de forma espontânea, levando à resolução do problema sem a necessidade de intervenções médicas específicas. 

Quando presente em sua forma esperada, não representa perigo para a integridade da saúde dos indivíduos em crescimento. Trata-se, portanto, de uma fase transitória que o organismo da criança supera por si só, à medida que seus sistemas se aperfeiçoam para lidar com a digestão e a retenção alimentar.

Continua após a publicidade

A relevância inquestionável do nutriente materno

Profissionais da área da saúde infantil enfatizam a importância da substância alimentícia produzida pela mãe na nutrição de crianças que manifestam esse tipo de volta digestória. Por conta da sua simplicidade de desintegração e assimilação, o leite da genitora acelera o esvaziamento do reservatório gástrico. Esse rápido processo de liberação do conteúdo do estômago para o sistema intestinal minimiza de forma considerável a probabilidade de que os eventos de regurgitação aconteçam. Assim, o nutriente materno se estabelece como um aliado indispensável no manejo dessa condição comum. 

A leveza de sua composição e a facilidade com que é processado contribuem para que o sistema digestivo ainda em formação do pequeno indivíduo opere com maior eficácia, reduzindo a permanência do conteúdo no órgão gástrico e, consequentemente, a chance de seu retorno. É uma verdadeira facilitação para um sistema digestório em desenvolvimento, promovendo conforto e bem-estar.

Quando o retorno de conteúdo gastroesofágico sinaliza preocupação

Entretanto, existe uma situação distinta, conhecida como afecção do trato gastroesofágico, que se diferencia pela aparição de outras manifestações. Essas podem abranger sensação de queimação no peito, ânsia de vômito e uma percepção de desconforto na região da garganta. 

Continua após a publicidade

Em tais cenários, um acompanhamento médico contínuo durante a fase da infância é imprescindível para monitorar e endereçar quaisquer possíveis complicações associadas a essa condição. Dentre as manifestações da afecção do trato gastroesofágico, podemos incluir episódios de sufocamento muito intensos e que se repetem com frequência. Porém, é importante entender que os indicadores podem ser bastante diversos e nem sempre específicos o suficiente para um diagnóstico exato nesta fase da vida. 

Por essa razão, a identificação do quadro é, em grande parte, baseada na observação clínica, raramente exigindo investigações mais detalhadas ou procedimentos invasivos. A expertise do profissional de saúde, aliada à descrição dos acontecimentos pelos pais, torna-se o caminho principal para a avaliação correta e a tomada de decisões pertinentes, assegurando que as necessidades da criança sejam atendidas.

Estratégias de alívio para cenários mais complexos

Quando o refluxo acontece de forma mais intensa ou persistente, algumas medidas simples podem ajudar a aliviar o desconforto do bebê. Uma delas é manter o pequeno em uma posição levemente inclinada durante o sono ou os momentos de descanso, elevando a parte superior do corpo. Também é importante evitar colocá-lo deitado logo após as mamadas, permitindo que a gravidade auxilie na digestão e reduza o risco de o alimento retornar.

Continua após a publicidade

Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser indicado, sempre com prescrição e acompanhamento de um pediatra. O objetivo é diminuir os sintomas mais incômodos e garantir que o bebê se alimente bem e ganhe peso de forma adequada.

Mais do que tudo, o foco deve estar no bem-estar da criança. Com atenção aos sinais e o apoio correto, é possível atravessar essa fase com mais tranquilidade, garantindo um desenvolvimento saudável e o conforto necessário para o bebê crescer com segurança.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

oferta

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.