Por que sacudir o bebê é perigoso? Saiba os riscos e o que fazer

Esse tipo de lesão pode causar problemas cerebrais severos e irreversíveis. Entenda:

Por Redação Pais e Filhos
Atualizado em 25 fev 2025, 10h35 - Publicado em 4 fev 2025, 07h00
Bebê chorando no colo
 (Freepik/Reprodução)
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É comum que pais, especialmente os de primeira viagem, busquem maneiras de acalmar seus bebês durante um momento de choro ou até em brincadeiras. Entre essas práticas, sacudir a criança pode parecer algo inofensivo, mas é uma atitude que traz sérios riscos à saúde do bebê.

A Síndrome do Bebê Sacudido, também chamada de Lesão Cerebral por Abuso, é uma condição grave que ocorre quando a criança é sacudida com força. Essa prática, por mais breve que seja, pode causar danos irreversíveis ao cérebro do bebê.

O que é a Síndrome do Bebê Sacudido?

A maior incidência da síndrome acontece entre a 6ª semana e o 4º mês de vida, uma fase em que os bebês choram com mais frequência, muitas vezes por causa das cólicas.

Os danos causados pelo movimento brusco ocorrem porque, nessa fase, o pescoço da criança ainda não tem força suficiente para sustentar a cabeça. Ao ser sacudido, o cérebro do bebê se movimenta dentro do crânio, causando lesões que podem comprometer o seu desenvolvimento.

Quais são os riscos de sacudir o bebê?

O impacto pode ser tão grave que leva a sintomas como:

  • Irritabilidade excessiva ou comportamento mais quieto que o normal;
  • Tremores pelo corpo;
  • Perda parcial da visão;
  • Convulsões.
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Caso a criança apresente algum desses sinais, é fundamental levá-la ao médico imediatamente para que um diagnóstico seja realizado e o tratamento iniciado.

Em situações mais graves, a falta de cuidados pode piorar o quadro clínico, resultando em consequências permanentes, como:

  • Paralisia motora;
  • Perda total da visão;
  • Dificuldade de aprendizado.

Ainda segundo o médico, cerca de 30% dos casos de Síndrome do Bebê Sacudido resultam em morte.

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Como evitar?

O principal passo para evitar a síndrome é conscientizar os pais sobre os perigos de sacudir o bebê, seja em brincadeiras ou como forma de acalmá-lo. Durante as consultas pediátricas, é importante que os profissionais expliquem que o choro é uma forma de comunicação do bebê e que, na maioria das vezes, ele pode chorar mesmo após estar alimentado, limpo e confortável.

A melhor forma de lidar com o choro é manter a calma e buscar alternativas seguras, como:

  • Colocar o bebê no colo e embalá-lo suavemente;
  • Oferecer o peito ou a mamadeira, caso ele esteja com fome;
  • Verificar se há algo causando desconforto, como uma fralda apertada ou calor excessivo.

Lembre-se de que o choro faz parte do desenvolvimento do bebê e, embora seja desafiador para os pais, é essencial não recorrer a movimentos bruscos para interrompê-lo.

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O que fazer se o bebê já foi sacudido?

Se houver suspeita de que a criança sofreu lesões por conta de sacudidas, procure um médico imediatamente. Mesmo que os sintomas pareçam leves, um exame mais detalhado é necessário para identificar possíveis danos e evitar complicações futuras.

Conscientização e cuidado

Os primeiros anos de vida são cruciais para o desenvolvimento infantil, e as interações com os pais têm um papel fundamental nesse processo. Por isso, é importante adotar práticas que garantam a segurança e o bem-estar do bebê.

Se o choro excessivo se tornar uma preocupação frequente, converse com o pediatra sobre estratégias de manejo. E, acima de tudo, nunca sacuda o bebê, mesmo que pareça ser a solução mais rápida para acalmá-lo.

Consultoria: Felipe Monti Lora, médico endócrino-pediatra 

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