Osteopatia na gestação alivia dores e ajuda a equilibrar o corpo

Esta terapia complementar age diretamente na origem dos incômodos físicos decorrentes da gravidez.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 1 jun 2017, 17h41 - Publicado em 31 Maio 2017, 21h22
 (Ilustração de Juliana Mavalli / Arte de Carolina Horita/Bebê.com.br)
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Inchaço nas pernas, dores nas costas e alterações no funcionamento dos sistemas digestivo e urinário são alguns dos contratempos físicos comuns durante a gravidez. Para aliviá-los pontualmente, é normal e válido recorrer à drenagem linfática e às massagens, por exemplo. Mas, se a ideia for lidar com a origem desses problemas, o ideal é procurar outro tipo de tratamento.

Atualmente, a osteopatia é uma das indicações da Organização Mundial da Saúde para esse fim. E, por ter sua eficácia comprovada, passou a fazer parte das terapias complementares oferecidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em março de 2017.

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“O grande diferencial da osteopatia é que ela pensa no paciente, não na patologia, restaurando o funcionamento natural do corpo”, explica o osteopata francês Henri Pelletier, da Natural Global Osteopathy (NGO), no Rio de Janeiro. “No caso da gestante, ela tem necessidades específicas do momento pelo qual está passando. O físico evolui dia a dia e nem sempre os órgãos conseguem acompanhar essas mudanças, o que ocasiona dores. A osteopatia faz o trabalho de colocar todo o corpo no mesmo ritmo”.

A partir do terceiro mês de gravidez, toda mulher pode se submeter à osteopatia para cuidar de suas dores. Não há contraindicação. Antes disso, porém, é necessário ter a autorização de um médico obstetra que esteja acompanhando o pré-natal.

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Manipulação, não massagem

Na prática, o osteopata manipula os pontos certos do corpo para trabalhar cada dor. Não é uma massagem: é uma maneira técnica de alcançar o local em que os incômodos se iniciam e ali eliminá-los. “Com as gestantes, esses toques são mais suaves, para não haver risco de um impacto negativo sobre o bebê que está se formando”, esclarece Henri.

Quando há um acompanhamento rotineiro – semanal, quinzenal ou mensal, dependendo das necessidades da grávida –, o profissional também é capaz de fazer um trabalho preventivo e perceber antecipadamente se existe o risco de alguma dor nova ou inflamação surgir. As pistas estão, segundo o osteopata francês, nos movimentos e na postura da mulher, que mudam devido à alteração do centro de gravidade do corpo causada pelo crescimento da barriga.

osteopatia gravidez
(nensuria/Thinkstock/Getty Images)
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Da nuca aos tornozelos

Todo problema físico decorrente da gravidez pode ser tratado pela osteopatia. “O inchaço nos pés e nas pernas vem do mau funcionamento do sistema linfático, então se lida com as regiões dos tornozelos aos joelhos para sanar isso”, conta Henri.

As manipulações de pontos da nuca, da coluna, da lombar, dos quadris e do nervo ciático cuidam das diversas dores nas costas e nos glúteos, enquanto o relaxamento de pontos da barriga ajuda a regular o sistema digestivo.

O sistema urinário é tratado, na osteopatia, com a manipulação de pontos da púbis. Já os toques na região do diafragma (no peitoral) agem no sistema respiratório e na solução para refluxos.

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Benefícios para o bebê e para o parto

Indiretamente, o bebê se beneficia do tratamento osteopático na mãe. “Relaxada, com a circulação em ordem e todos os sistemas equilibrados, ela permite que ele se desenvolva melhor no útero”, afirma o especialista.

Na reta final da gravidez, a osteopatia também é uma forte aliada na preparação do corpo para um parto normal. Henri detalha: “O trabalho de destravamento da bacia evita que a mulher tenha uma luxação no cóccix e o relaxamento da região do períneo aumenta a elasticidade dos músculos utilizados para a saída do bebê”.

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