Os 10 problemas de visão mais frequentes na infância e como tratá-los
Consultas regulares com um oftalmologista são fundamentais para prevenir condições

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 50 milhões de brasileiros sofrem algum tipo de distúrbio da visão. Identificar problemas nos olhos das crianças pode ser um desafio, já que nem sempre os sinais são claros. Por isso, entender os principais sintomas e as doenças mais comuns é essencial para os pais.
Como identificar problemas de visão em crianças
Crianças podem se adaptar facilmente a dificuldades de visão, o que dificulta a percepção do problema. Fique atento aos seguintes sinais:
- Enxergar embaçado
- Apertar os olhos para ver de longe
- Aproximar objetos para enxergar melhor
- Dor de cabeça frequente
- Piscar excessivamente
- Olhos vermelhos
- Quedas constantes
- Lacrimejamento
- Coceira nos olhos
- Pupilas com aparência branca ou de tamanhos diferentes
- Olhos que não se movem de forma sincronizada
- Sensibilidade à luz
- Cabeça inclinada sempre para o mesmo lado
Consultas regulares com um oftalmologista são fundamentais para prevenir ou tratar problemas de visão, mesmo quando os pais não percebem alterações.
Quando levar a criança ao oftalmologista?
A Academia Americana de Oftalmologia recomenda que a primeira consulta ao oftalmologista aconteça aos seis meses de vida. Após os dois anos, as consultas podem ser feitas anualmente. Esses exames ajudam a identificar precocemente problemas de visão e garantir um desenvolvimento visual saudável.
Doenças oculares mais comuns em crianças
- Hipermetropia: É comum em crianças e pode estar presente desde o nascimento. Nos casos mais graves, há dificuldade de enxergar e risco de estrabismo.
- Miopia: Geralmente aparece mais tarde na infância, mas também pode ser cogência em altos graus. Está associada ao uso excessivo de telas e prejudica a visão para longe.
- Astigmatismo: Surge devido a uma irregularidade na córnea, causando sombra na imagem tanto para longe quanto para perto.
- Obstrução do canal lacrimal: Afeta 2 a cada 10 bebês, devido à não abertura da membrana do canal ao nascimento. Na maioria dos casos, melhora até um ano de idade com massagens específicas.
- Ambliopia (olho preguiçoso): Ocorre quando um dos olhos não se desenvolve adequadamente, geralmente por falta de estímulo visual. Pode ser causada por diferenças de grau, estrabismo ou outras obstruções visuais.
- Estrabismo: Desalinhamento dos olhos, com incidência de 4 em cada 100 crianças. Pode ser tratado com óculos, exercícios ou cirurgia.
- Ptose (pálpebra caída): Quando uma pálpebra é mais baixa que a outra, pode comprometer a visão e levar à ambliopia. O tratamento é geralmente cirúrgico.
- Retinopatia da prematuridade: Acomete bebês prematuros devido ao aumento da vascularização da retina. O tratamento precisa ser iniciado nos primeiros dias de vida.
- Conjuntivite: Irritação da parte branca dos olhos, com causas virais, bacterianas ou alérgicas. Pode provocar vermelhidão, lacrimejamento e coceira. Geralmente é autolimitada.
- Hordéolo e Calázio: O hordéolo é uma inflamação na pálpebra, enquanto o calázio é um inchaço indolor causado por obstrução de glândulas. Compressas mornas ajudam no tratamento.
Como prevenir problemas oculares
A prevenção começa com consultas regulares ao oftalmologista e acompanhamento do desenvolvimento visual da criança. Limitar o uso de telas, estimular brincadeiras ao ar livre e manter uma alimentação balanceada também são medidas importantes.