Obesidade infantil: entenda os riscos e como prevenir
Excesso de peso desde a infância aumenta muito os riscos de desenvolver problemas de saúde sérios no futuro
A obesidade infantil tem se tornado um problema que cada vez mais desperta a atenção em programas de saúde pública. Estima-se que mais de 3 milhões de crianças no Brasil já possam ser enquadradas como obesas, e o número dobra quando se considera aquelas que estão acima de um peso tipicamente considerado saudável para sua idade e tamanho.
Esse cálculo é feito a partir do índice de massa corporal (IMC), que leva em conta o peso e a altura. A obesidade, especialmente quando ocorre desde a infância, aumenta em muito a propensão a desenvolver problemas de saúde crônicos no futuro, incluindo hipertensão, diabetes, problemas cardíacos e hepáticos, entre outros. Há, também, um maior risco de cânceres no longo prazo.
Como ocorre a obesidade infantil
O aumento da obesidade infantil nas últimas décadas tem sido ligado a uma maior prevalência de alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras, açúcares e calorias, associada a um maior sedentarismo nessa faixa etária do que em outras gerações – com maior disponibilidade de entretenimento sem sair de casa.
Em resumo, em média, as crianças comem pior e se movimentam menos do que no passado. E vivem desde cedo uma máxima que vale para qualquer idade: quando você consome mais calorias do que gasta, seu corpo ganha peso.
Questões genéticas, hormonais e metabólicas também podem influenciar a propensão a ganhar peso mais rapidamente. Seja pela genética ou pela incorporação de hábitos alimentares já presentes na família, crianças com pais obesos costumam ter maior chance de ficar acima do peso.
Como prevenir a obesidade infantil
A prevenção da obesidade e do sobrepeso passa pela incorporação de hábitos saudáveis, o que inclui uma alimentação equilibrada e um estilo de vida ativo.
Evite ao máximo alimentos ultraprocessados e açucarados, que são ricos em calorias e têm pouco valor nutricional. Incentive o consumo de frutas, verduras, e um prato que contenha carboidratos, proteínas, fibras e gorduras saudáveis, como aquelas encontradas em peixes, azeite de oliva ou castanhas.
É importante que a família inteira se alimente bem: a criança incorpora os hábitos que aprende em casa, e acostumá-la desde cedo a evitar opções pouco saudáveis tem impacto duradouro pelo resto da vida.
Incentive a prática de esportes e, sempre que possível, limite o tempo que os pequenos ficam parados diante de telas. Se brincar na rua se tornou uma alternativa cada vez mais rara, uma boa dica para fazê-los se mexer um pouco é (quando já tiverem idade para isso) fazê-los participar das tarefas domésticas – sempre com supervisão dos pais – e pensar em jogos que envolvam movimento e possam ser feitos dentro de casa.