O que fazer (e o que evitar) quando seu filho estiver com febre
Saiba quais os cuidados necessários para cuidar de um bebê com febre

Quando a febre aparece, é normal que os pais fiquem preocupados. Mas, na maioria dos casos, ela é um sinal de que o corpo está reagindo contra uma infecção. A febre ativa o sistema imunológico e cria um ambiente onde vírus e bactérias têm mais dificuldade para se multiplicar. Saber como agir — e o que evitar — faz toda a diferença para ajudar seu filho a se sentir melhor e se recuperar mais rápido.
Observe o comportamento, não só o termômetro
Mais importante do que o número exato da febre é o estado geral da criança. Se ela estiver brincando, comendo e se comportando normalmente, talvez não seja necessário intervir imediatamente. A febre é apenas um sintoma, e a maneira como a criança se sente é um indicativo mais claro do que está acontecendo.
Ofereça alimentação leve e nutritiva
Mesmo com menos apetite, é bom incentivar a criança a comer quando ela quiser. Alimentos saudáveis ajudam a fortalecer o sistema imunológico, dando mais energia para o corpo lutar contra a infecção.
Mantenha a hidratação em dia
A febre faz o corpo perder mais líquido, especialmente se houver suor, vômitos ou diarreia. Ofereça bastante água, leite materno (no caso de bebês) ou soluções de reidratação oral para evitar a desidratação.
Vista a criança de forma confortável
Se a criança estiver com frio, um cobertor leve pode ajudar. Mas evite cobri-la em excesso, pois isso pode aumentar a temperatura corporal. O ideal é optar por roupas leves e ajustar o ambiente para mantê-la confortável.
Use compressas mornas ou banho morno
Se a febre estiver alta e seu filho não conseguir tomar remédios, um banho morno ou compressas no tronco, braços e pernas podem ajudar a baixar a temperatura. Evite água fria, que pode causar calafrios e piorar o desconforto.
O que evitar durante a febre
- Não automedique sem orientação: Medicamentos para febre, como paracetamol ou ibuprofeno, só devem ser administrados com a dose e a frequência recomendadas pelo pediatra.
- Evite banhos frios ou álcool: Essas práticas podem causar queda brusca de temperatura ou irritar a pele, piorando a situação.
- Não ignore sinais de alerta: Se a criança estiver muito apática, com dificuldade para respirar, dor intensa ou desidratação, procure atendimento médico.
Quando entrar em contato com o médico
A idade, a duração da febre e os sintomas associados são fatores que ajudam a decidir quando buscar ajuda profissional. Veja alguns cenários para ficar atento:
Idade da criança:
- Até 3 meses: febre de 38°C ou mais é motivo para procurar o pediatra imediatamente.
- De 3 a 6 meses: febre de 38,8°C ou mais exige avaliação médica.
- Mais de 6 meses: febre a partir de 39,4°C ou febre persistente por mais de 24 horas merece atenção.
Duração da febre:
- Bebês de 3 a 12 meses: febre por mais de 24 horas precisa ser avaliada.
- Crianças de 1 a 2 anos: febre que dura 2 ou mais dias sem melhora é sinal para buscar orientação.
- Crianças acima de 2 anos: febre que não melhora após 3 dias pede acompanhamento médico.
Sintomas que exigem atenção:
- Vômitos e diarreia persistentes
- Dor intensa (de cabeça, ouvido ou garganta)
- Rigidez na nuca ou torcicolo
- Dificuldade para respirar
- Apatia ou irritabilidade extrema
- Erupção na pele sem explicação
- Sinais de desidratação (pouca urina, boca seca, ausência de lágrimas ao chorar)
Cuidar com calma e observar é essencial
A febre é, na maioria das vezes, uma resposta natural do organismo. Acompanhar os sinais, manter a criança confortável e buscar orientação médica quando necessário é o melhor caminho para atravessar esse momento. Com paciência e os cuidados adequados, o corpo da criança consegue reagir e se recuperar.