Móveis macios não diminuem risco de acidentes domésticos, diz estudo

Por ano, mais de 200 mil crianças vão parar no hospital depois de cair de sofás e camas somente nos Estados Unidos.

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 18 out 2019, 13h40 - Publicado em 13 nov 2018, 17h54
Desenvolvimento na infância: Entenda as diferenças entre meninos e meninas
Desenvolvimento na infância: Entenda as diferenças entre meninos e meninas (Rawpixel/Envato)
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Pular de sofás e camas pode até parecer seguro, mas há um risco considerável na brincadeira. É o que revela um novo estudo da Associação Americana de Pediatria, que avaliou dez anos de registros de acidentes nos Estados Unidos. Entre 2007 e 2016, mais de duas milhões de crianças com menos de cinco anos de idade deram entrada em setores de emergência de hospitais depois de cair de móveis macios. 

“Nossa pesquisa mostra que esse tipo de queda é hoje a maior fonte de lesões nessa faixa etária. Na verdade, as crianças estão mais de duas vezes mais propensas a se machucar quando caem de camas e sofás do que ao cair de uma escada”, comentou o autor principal da pesquisa, o pediatra Viachaslau Bradko.

Na média, 230 mil menores de cinco anos foram parar no hospital por conta disso anualmente no país norte-americano. A maior parte deles, 62%, com lesões na cabeça ou rosto. Bebês com menos de um ano responderam por 28% das ocorrências e eram duas vezes mais internados se comparados com os mais velhos.

Os casos mais graves, que exigiram internação e colocavam a vida em risco, foram felizmente mais raros: 2,7% do total. No Brasil, os acidentes domésticos estão entre as maiores causas de morte infantil. Em 2016, uma pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que metade dos atendimentos médicos entre os zero e nove anos de vida ocorre por conta de quedas, a maior parte delas em casa.

Como prevenir

Não dá para evitar todos os tombos da criança, mas dá para adotar algumas precauções em nome da segurança dos filhos. Entre as recomendações, supervisionar sempre as brincadeiras em camas e sofás, especialmente antes dos cinco anos de idade, deixar a mobília longe de janelas e respeitar o espaço de circulação entre ela. Os autores do trabalho da Associação Americana de Pediatria sugerem ainda que os fabricantes procurem incorporar a segurança ao design e considerem colocar avisos de segurança nos móveis.

 

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