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Mielomeningocele: cirurgia intrauterina reduz danos à coluna do bebê

Malformação afeta a coluna espinhal e ocorre, em média, em um a cada mil nascimentos, podendo limitar a locomoção do bebê

Por Gabriel Bortulini
17 set 2024, 07h00
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Geralmente, condição é corrigida com cirurgia após o nascimento, mas também pode ser realizado um procedimento intrauterino, antes do parto (Freepik/Reprodução)
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A mielomeningocele é uma condição congênita em que há o fechamento incompleto da coluna vertebral e da medula do feto. Nesses casos, a abertura faz com que a medula espinhal entre em contato direto com o líquido amniótico, numa espécie de bolsa.

Com a exposição da medula e das do sistema nervoso, as estruturas vão se fragilizando com o passar dos meses. A anomalia pode levar à hidrocefalia ou à total perda de locomoção dos bebês.

Causas

A anomalia é decorrente de falhas no processo embriológico, por volta da quarta semana de gestação.

As possíveis causas podem ser genéticas, mas os estudos apontam que a deficiência de vitaminas pode provocar a condição, como os baixos níveis de ácido fólico.

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Tratamento

Tradicionalmente, o tratamento da mielomeningocele é feito por procedimento cirúrgico, imediatamente após o parto. A intenção é evitar ainda mais complicações, já que parte da medula está exposta ao ambiente externo e já sofreu danos durante a gestação.

A capacidade motora do bebê vai depender do grau da condição e dos danos sofrido pelas estruturas, podendo levar à paralisia.

Cirurgia fetal

Quando a anomalia é detectada ainda na gestação, existe a possibilidade de cirurgia fetal ou intrauterina, realizada antes mesmo do parto.

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É uma cirurgia de alta complexidade, em que a gestante é submetida à anestesia geral. O procedimento cria uma abertura no abdome e no útero, para que a mielomeningocele possa ser corrigida sem a retirada do bebê.

Para isso, é necessária uma ampla e especializada equipe, formada por neurocirurgiões, anestesistas, obstetras, intensivistas, entre outros.

Após isso, alguns dias de recuperação são necessários no hospital, antes de seguir com a gestação normalmente.

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Os principais estudos sobre o tratamento relatam que os bebês que passam pela cirurgia ainda no útero apresentam melhor desempenho neurológico. Também foram observadas menos complicações como a hidrocefalia, em comparação com aqueles que foram operados depois do nascimento. Além disso, a técnica também apresenta um maior índice de preservação dos movimentos dos pacientes.

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