Intestino preso no bebê: como identificar, prevenir e tratar

Entenda como evitar e quando tratar a constipação dos pequenos nos primeiros anos de vida

Por Redação Pais e Filhos
10 abr 2025, 12h00
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 (Emma Bauso/Pexels)
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O desenvolvimento do bebê é cheio de momentos importantes, como o primeiro sorriso ou as primeiras palavras. Mas há um aspecto menos encantador que também merece atenção: o funcionamento do intestino. Observar os padrões de evacuação do bebê é essencial para entender se a saúde dele está em equilíbrio.

A prisão de ventre é uma preocupação comum para os pais, especialmente quando o bebê parece sentir dor ou fica dias sem evacuar. Saber identificar os sinais, as causas e as possíveis soluções é importante para aliviar o desconforto e promover o bem-estar da criança.

Como identificar a prisão de ventre no bebê

Nos primeiros meses de vida, o ritmo intestinal varia muito de um bebê para outro. Alguns evacuam após cada mamada, enquanto outros podem ficar dias sem fazer cocô. Isso, por si só, não é necessariamente um sinal de prisão de ventre. O que realmente importa é a consistência das fezes e o comportamento do bebê.

Se o bebê estiver com as fezes ressecadas, em formato de bolinhas, com dificuldade para evacuar ou demonstrando dor, pode ser um sinal de intestino preso. Além disso, outros indícios incluem:

  • Barriga inchada e sensível ao toque
  • Choro ou caretas ao tentar evacuar
  • Recusa de alimentos
  • Fissuras ou irritação na região anal
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Nos recém-nascidos, é importante observar as primeiras evacuações. Se, após o quinto dia, as fezes não estiverem com uma coloração mais amarelada, pode ser necessário conversar com o pediatra para investigar o que está acontecendo.

O que causa a constipação nos bebês

A prisão de ventre pode ter diferentes causas, que mudam conforme a fase de crescimento do bebê. Entre os motivos mais comuns estão:

  • Alimentação à base de fórmulas: Alguns bebês têm mais dificuldade para digerir fórmulas infantis, especialmente as que contêm proteínas do leite de vaca, o que pode levar à constipação.
  • Intolerância ou alergia alimentar: Intolerância à lactose ou alergias a certas proteínas podem causar alterações intestinais, levando a fezes endurecidas e desconforto.
  • Introdução alimentar: Quando os alimentos sólidos entram na dieta, o sistema digestivo do bebê precisa se adaptar. Alguns alimentos, como banana e cereais, podem piorar o quadro de prisão de ventre.
  • Baixa ingestão de líquidos: A falta de hidratação pode dificultar a passagem das fezes, deixando-as mais ressecadas e difíceis de eliminar.
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Como aliviar o desconforto e soltar o intestino do bebê

Se o bebê estiver com dificuldade para evacuar, algumas medidas simples podem ajudar a estimular o funcionamento do intestino:

  • Movimentos com as perninhas: Movimentar as pernas do bebê como se ele estivesse pedalando pode ajudar a estimular o intestino e facilitar a eliminação das fezes.
  • Massagens na barriga: Massagear a barriguinha do bebê com movimentos circulares suaves, no sentido horário, pode aliviar a pressão e ajudar a liberar o cocô preso.
  • Ajustes na alimentação: Para bebês que já iniciaram a alimentação sólida, incluir frutas como mamão, pera e ameixa, além de legumes como abóbora e brócolis, pode melhorar o trânsito intestinal. Oferecer pequenas quantidades de água ou suco de fruta natural (com orientação do pediatra) também pode ser útil.
  • Estimulação externa: Em alguns casos, o médico pode recomendar o uso de um cotonete com lubrificante para estimular o ânus, ou até mesmo o uso de supositórios específicos para bebês, que costumam agir em até uma hora.

Quando buscar ajuda médica

Se mesmo com mudanças na alimentação e estímulos físicos o bebê continuar com prisão de ventre, ou se houver sangramento ao evacuar, febre ou irritabilidade intensa, é importante procurar orientação médica. O pediatra pode avaliar a situação com mais profundidade e indicar o tratamento mais adequado, que pode incluir laxantes leves ou outras intervenções.

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Para evitar episódios frequentes de prisão de ventre, algumas estratégias podem ajudar:

  • Amamentação ou fórmula adequada: O leite materno é naturalmente mais fácil de digerir e ajuda a manter o equilíbrio do sistema digestivo do bebê. Caso o bebê tome fórmula, é importante conversar com o pediatra para ajustar a composição, se necessário.
  • Hidratação regular: Para bebês que já comem sólidos, manter a hidratação é essencial para o bom funcionamento do intestino.
  • Alimentação variada e rica em fibras: Frutas, legumes e cereais integrais são aliados importantes para manter o trânsito intestinal em dia.
  • Rotina de movimentação: Permitir que o bebê se movimente livremente, rolando, engatinhando ou brincando, ajuda a estimular o sistema digestivo.

A prisão de ventre pode ser desconfortável, mas com observação, paciência e pequenas mudanças na rotina, é possível aliviar os sintomas e ajudar o bebê a se sentir melhor. E, sempre que surgirem dúvidas ou o problema persistir, contar com o acompanhamento do pediatra traz mais segurança para toda a família.

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