Gravidez psicológica: saiba o que é e conheça as causas da pseudociese

Conhecido como gravidez fantasma, esse fenômeno raro pode ser desencadeado pelo intenso desejo de engravidar e demanda um tratamento multidisciplinar

Por Luana Pazutti
27 nov 2024, 14h01
mulher-gravida-dormindo_Freepik - 2
Os principais sintomas da gravidez psicológica são a dilatação abdominal e a sensação de movimento na região, dando a impressão de que há um bebê se mexendo (Freepik/Reprodução)
Continua após publicidade

Também chamada de pseudociese, a gravidez psicológica faz com que as mulheres acreditem que estão esperando um filho, quando, na verdade, não estão. Esse distúrbio raro desperta sintomas tradicionais de uma gravidez, incluindo dilatação abdominal, náuseas, vômitos, tontura e fadiga.

Embora não haja um consenso sobre as suas causas, a condição costuma estar associada a um forte desejo de ser mãe. Entretanto, também pode ser relacionada com experiências traumáticas, envolvendo abortos e abusos sexuais.

O que é gravidez psicológica?

A gravidez fantasma ou pseudociese é um distúrbio psicológico que faz com que a mulher tenha plena convicção de que está esperando um filho.

Essa condição rara e sem razões biológicas costuma ser acompanhada por uma série de sinais típicos de uma gestação. Nesses casos, embora os sintomas pareçam reais e o cérebro seja levado a acreditar que há uma criança sendo gerada no útero, os exames comprovam o contrário.

Vale ressaltar que o fenômeno não acomete apenas as mulheres: os homens também podem passar por algo parecido. Causada por uma vontade exacerbada de participar ativamente da chegada do bebê, a Síndrome de Couvade pode desencadear enjoos, náuseas, vômitos e tonturas.

Quais são os sintomas de uma gravidez psicológica?

A pseudociese costuma se manifestar de uma forma muito semelhante a uma gravidez real. Os seus principais sintomas são a dilatação abdominal e a sensação de movimento na região, que dá a impressão de que o bebê está se mexendo.

Continua após a publicidade

Não há prazo para o término dos sintomas. Eles podem durar semanas, meses e, até mesmo, anos, se não forem tratados adequadamente.

As mulheres com gravidez fantasma podem enfrentar episódios de:

  • Sensibilidade mamária;
  • Enjoos ou náuseas;
  • Irregularidades menstruais;
  • Ganho de peso e inchaço;
  • Fadiga e sonolência;
  • Produção de leite nas mamas;
  • Desejos e aversões alimentares;
  • Falsas contrações de parto.

Mas, por que isso acontece?

Não há consenso sobre as causas exatas para a pseudociese, entretanto, acredita-se que ela pode ser desencadeada por fatores psicológicos e hormonais. Quando existe um forte desejo de engravidar, por exemplo, o cérebro pode favorecer a liberação de hormônios, como estrogênio e prolactina, que desencadeiam os sintomas de uma gestação.

Continua após a publicidade

Essa, contudo, não é a única causa. A gravidez psicológica costuma ser mais frequente em mulheres que sofreram experiências traumáticas, envolvendo abortos múltiplos, abuso sexual ou perda de algum filho.

Histórico de infertilidade, depressão, cobranças familiares e medo extremo de engravidar também podem despertar a condição, que é mais comum em pessoas emocionalmente vulneráveis.

Gravidez psicológica tem tratamento?

O primeiro passo para tratar a gravidez psicológica é o diagnóstico. Para isso, é preciso consultar um profissional de saúde que deverá realizar um exame pélvico e recomendar um ultrassom e um teste de urina ou de sangue.

Em caso de pseudociese, esses testes apresentarão resultados negativos. Vale destacar que há algumas doenças capazes de despertar sintomas semelhantes aos de uma gravidez. Por isso, pode ser necessário realizar mais exames para descartar qualquer outra possibilidade.

Continua após a publicidade

Confirmado o quadro, a próxima etapa é ajudar a mulher a entender que ela não está grávida. Geralmente, isso não é uma tarefa fácil. Afinal, ela não está fingindo uma gravidez. Pelo contrário, está convicta de que realmente engravidou.

Portanto, além do suporte emocional dos amigos e familiares, é importante contar com um acompanhamento multidisciplinar, envolvendo psicólogo, ginecologista e, às vezes, psiquiatra.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

oferta

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.